Duas semanas após massacre, polícia diz ter tomado o controle em Alcaçuz
Bandeiras de facções criminosas dão lugar ao símbolo da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária
Uma bandeira negra foi hasteada na penitenciária de Alcaçuz, na grande Natal, na manhã desta sexta-feira. Quase quinze dias após o início de um confronto entre organizações criminosas dentro do maior presídio do Rio Grande do Norte, agentes da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária entraram no local e hastearam o símbolo do que deve representar alguma trégua no local. Ao lado da bandeira com um raio branco sobre o pano preto foram erguidas as do Brasil e do Estado potiguar. As das facções, que estavam até então hasteadas no local, foram retiradas.
Os agentes da força-tarefa entraram no presídio por volta das cinco da manhã para realizar varreduras e localizar lideranças das facções. Até o momento, 120 detentos foram encaminhados para autuação em uma delegacia móvel instalada pela Polícia Civil no local. Segundo o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antônio Severo, eles portavam material ilícito. “Foram localizados um revólver calibre 38, cerca de 30 celulares, drogas e armas brancas”, disse. O próximo passo será restaurar as instalações do presídio, que se encontram totalmente destruídas, sem celas e com as paredes quebradas.
A operação desta sexta marca o início dos trabalhos da força-tarefa de agentes penitenciários criada pelo Ministério da Justiça. No início da semana, o Governo Federal anunciou o envio de 100 agentes de diversos Estados para colaborar com os trabalhos no Rio Grande do Norte que devem prosseguir pelos próximos 30 dias.
Neste primeiro dia de operação, o Governo anunciou, por meio de nota, que tomou o controle dos pavilhões quatro e cinco, comandados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A organização criminosa é rival do Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte (RN), que controla os outros três pavilhões do presídio. No último dia 14, houve um confronto pela disputa de poder que deixou ao menos 26 mortos, 56 fugitivos e um clima de constante tensão que até hoje não foi dissipado.
Enquanto a polícia trabalha em Alcaçuz, a cidade de Natal está sob patrulha das Forças Armadas, que desembarcaram na cidade há uma semana. Antes disso, a capital do Estado passou ao menos cinco dias com a frota de ônibus reduzida depois que foram incendiados ao menos 28 veículos na cidade.
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