_
_
_
_
_

Ricardo Young: “Precisamos de um fundo específico para tratar dependentes químicos”

O candidato da Rede à Prefeitura de SP foi entrevistado pelos repórteres do EL PAÍS e da EBC nesta terça-feira

O candidato a prefeito de SP Ricardo Young (Rede).
O candidato a prefeito de SP Ricardo Young (Rede). R. Matsukawa

O vereador Ricardo Young, da Rede Sustentabilidade – partido fundado junto com a ex-senadora Marina Silva – foi o terceiro entrevistado pelo EL PAÍS Brasil e EBC na tarde desta terça-feira. Os dois veículos estão realizando uma série de sabatinas com os candidatos a prefeito de São Paulo pelas eleições municipais de 2016.

Ao longo dos 30 minutos de entrevista, o candidato falou muito sobre a cidade, gestão colaborativa e polarização na sociedade. Ao comentar um dos programas de mais destaque da atual gestão, o de “Braços Abertos” – que é voltado para “redução de danos” no atendimento aos usuários de crack – disse que pretende reformulá-lo. “O programa não cumpriu o que prometia. Tinha intenção de dar moradia, oportunidade de renda, refeição a preço popular e tratamento. Mas há pouca geração de renda e o tratamento se perdeu”, argumenta.

Sabatina com Ricardo Young

Acompanhe ao vivo a entrevista com Ricardo Young , candidato à Prefeitura de São Paulo pela Rede, pelos jornalistas do EL PAÍS Brasil e da EBC

Gepostet von EL PAÍS Brasil am Dienstag, 13. September 2016

Young, que ficou em quarto lugar na disputa para o Senado em 2010, com uma votação expressiva que, contudo, não se reflete na atual corrida eleitoral, explicou que pretende fazer um Governo “de colaboração e participação, próximo à sociedade”. Para isso, rechaça fazer uma administração de “coalizão”, que “loteia a máquina pública”, mas sim que os apoios partidários surjam a partir de um determinado programa.

Para descentralizar a administração, pretende transformar as subprefeituras em “coprefeituras”, além de tornar mais efetivos os conselhos e outros canais de comunicação entre a sociedade e administração. Sobre a proposta de eleição direta para subprefeitos, ele diz ser favorável ao prefeito “escolher o melhor de uma lista de três mais votados”. Para ele, o candidato deve, obrigatoriamente, pertencer à comunidade na qual é escolhido.

Young garante que em seu programa estão incluídos todos os setores da sociedade. Contudo, acredita que a criação de secretarias não é o melhor modo de resolver questões sensíveis na sociedade. “É uma questão transversal. Vamos trabalhar para uma sociedade inclusiva... E as escolas precisam ser um reflexo do que acontece na sociedade, que é cada vez mais aberta”, promete. "O governo não pode polarizar, tem que saber construir a partir do conflito".

Ao falar sobre seu voto contrário às mudanças de IPTU, como vereador, Young defendeu que havia um componente demagógico no projeto e uma ausência de debate com a cidade. “Isentar imóveis é fazer política com imposto”, comentou. Atualmente, 40% dos domicílios estão isentos da taxa. Entre eles, estão imóveis que tem valor até 160.000 reais e terrenos que valem 90.000 reais. Young, contudo, concorda que a ferramenta pode ser um bom modo de estimular boas ações na cidade. “O desconto para quem cuida da fachada das moradias, por exemplo, é interessante”.

Quando o assunto é creche, um dos temas mais lembrados nas campanhas pela Prefeitura, o candidato disse querer firmar uma parceria com quem já, de certo modo, oferece o serviço de maneira informal. “Na periferia, por exemplo, algumas mães já são escolhidas para cuidar dos filhos de quem vai trabalhar. O Governo é muito fechado em si mesmo, tem que se inspirar com soluções como essa”, disse. Não ficou claro se a parceria funcionaria de forma remunerada, mas Young ressaltou que a ideia seria emergencial.

As entrevistas com os candidatos serão transmitidas ao vivo pelo site do EL PAÍS Brasil e em edição especial do Repórter SP, às 12h30 (de 8 a 16 de setembro) e ao meio-dia (de 19 a 23 de setembro) na TV Brasil, e poderão ser acompanhadas pelo portal EBC. Assista à entrevista com Ricardo Young na íntegra:

Encerrada a última sabatina da série. Marta Suplicy e Celso Russomanno não aceitaram o convite para participar.
"Chamamos os trabalhadores para se mobilizar contra o golpe de Estado", diz.
Áreas agradece o convite, diz que é a primeira vez que o PCO participa de uma sabatina na TV aberta.
Considerações finais
"Bater no PT significa se alinhar com a direita", diz Áreas. Ele não acha que a decepção com o PT pode se reverter em votos para o PCO. "Do ponto de vista ativista é natural que os petistas tenham simpatia por nós"
Gil Alessi pergunta se o descontentamento com o PT pode refletir nas eleições e dar votos para o PCO neste ano.
Áreas diz que há uma tradição do PCO de fazer campanha pelo voto nulo no segundo turno. "O PT é um partido que representa a burguesia", diz.
Aline Scarso pergunta: se Haddad chegar ao segundo turno, o PCO vai apoiá-lo?
"Acho que sim", diz Áreas. "A burguesia e os capitalistas conseguem seu lucro a partir do trabalhador".
"Ainda é momento de se falar trabalhadores e burguesia", pergunta a apresentadora, lendo o programa de governo do PCO.
O candidato do PCO diz que ainda existem muitas fábricas nas cidades e mesmo os setores de serviços, como os Correios, onde Áreas trabalha, funciona com uma classe operária.
A maioria dos trabalhadores está no setor de serviços, diz o repórter do EL PAÍS.
André Oliveira pergunta se não é antiquado estar em uma organização operária nos dias de hoje.
Aline Scarso pergunta sobre as alianças feitas pelo PCO em nível nacional.
Henrique Áreas responde dizendo que o problema é a dificuldade de locomoção na cidade. "Para o trabalhador, o interessante é que tenha transporte público eficiente".
André Oliveira pergunta se a diminuição da velocidade nas vias não beneficia também o trabalhador que vai a pé para o trabalho, já que é uma medida de segurança.
Henrique Áreas diz que a direita se diz contra para atacar o prefeito Haddad.
Gil Alessi pergunta sobre o limite de velocidade nas vias e a cobrança de multas. O PCO é contra as multas, uma visão mais alinhada com a direita. "Não é contraditório?", pergunta.
"A gente defende o não pagamento de nenhuma dívida", diz Áreas. Daí sobraria dinheiro para aumentar o salário mínimo, segundo o candidato.
A apresentadora pergunta sobre a proposta de aumentar o salário mínimo para 4.000 reais.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_