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Itália doa 1.800 reais aos jovens para gastar em cultura

Governo de Matteo Renzi destina um bônus especial a todos que completem 18 anos em 2016

Visão do Duomo a partir do Museu de Arte de Milão.
Visão do Duomo a partir do Museu de Arte de Milão.Antonio Calanni (AP)

O Governo italiano aprovou o chamado “bônus da cultura”, uma contribuição de 500 euros (cerca de 1.800 reais) para ser gasta em atividades e produtos culturais, que será distribuída a todos os jovens que completem ou tenham completado 18 anos em 2016. Os jovens nascidos em 1998, sejam italianos ou tenham permissão de residência no país, receberão o bônus para gastar em entradas de museus, sítios arqueológicos, teatros, cinemas, concertos, exposições, feiras, música ou livros.

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O sistema é simples. Só é necessário baixar um aplicativo em telefones celulares, chamado de 18 app, e obter as credenciais de acesso. Automaticamente, são transferidos 500 euros e o mesmo aplicativo oferecerá diferentes opções para gastar o bônus até 31 de dezembro de 2017, data de vencimento da linha de crédito. As autoridades prometem um catálogo muito amplo, e poderão ser comprados tanto produtos físicos, como livros e discos, quanto entradas de cinema, teatro ou museus. O Ministério de Bens Culturais da Itália, que coordena a iniciativa, é responsável pela seleção das propostas, que não serão restritas à área acadêmica — já que será possível comprar livros de todos os tipos, e não apenas escolares, assim como em outras ofertas.

No total, o Governo estima que o “bônus da cultura” vai beneficiar 574.593 jovens ao longo de 2016, destinando para isso um investimento de 290 milhões de euros (1 bilhão de reais). Embora inicialmente a intenção era conceder o bônus apenas a cidadãos italianos, no final o benefício também será desfrutado por estrangeiros com autorização de residência permanente.

A medida foi promovida pelo Executivo e aprovada no início deste ano no orçamento, há oito meses, embora já tenha sido apresentada oficialmente e entrará em vigor em 15 de setembro, coincidindo com o início do ano escolar.

O subsecretário do Conselho de Ministros, Tommaso Nannicini, argumentou que a iniciativa “envia uma mensagem clara: a de uma comunidade que dá as boas-vindas à vida adulta lembrando o quão importante é o consumo de cultura para o enriquecimento pessoal e fortalecimento do tecido social do país”. Além disso, Nannicini enfatizou que os fundos para a cultura, por sua vez, não dependerão de um processo burocrático complicado, e sim das decisões dos adolescentes que atinjam a maioridade.

Embora a Itália esteja enfrentando uma situação econômica delicada, o primeiro-ministro do país, Matteo Renzi, insiste em sua mensagem de investir em cultura como garantia de futuro e integração social. Na verdade, não quer que a medida beneficie apenas os que completem 18 anos: também está previsto que, em 2017, os professores recebam a mesma quantia de 500 euros para complementar sua formação.

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