Sócio da construtora Engevix é preso durante nova fase da Lava Jato
José Antunes Sobrinho já é réu na ação que envolve José Dirceu
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (21) o executivo José Antunes Sobrinho, um dos donos da construtora Engevix, em um desdobramento da 19a fase da operação Lava Jato. Ele foi detido preventivamente em Florianópolis, Santa Catarina, e será encaminhado para a superintendência da PF em Curitiba. Um operador do esquema que não teve o nome divulgado também foi detido. Segundo o jornal o Estado de S. Paulo, trata-se do lobista João Henriques, ligado ao PMDB. O alvo desta nova fase são propinas que teriam sido pagas envolvendo a Eletronuclear e a diretoria internacional da Petrobras.
Ao todo, policiais cumprem 11 mandados judiciais – sete de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária e dois de condução coercitiva (quando a pessoa é levada à polícia para prestar depoimento) – em Florianópolis, São Paulo e no Rio de Janeiro. Sobrinho é suspeito de ter pago propinas em contratos da empreiteira com a Eletronuclear, que totalizaram 140 milhões de reais dentre 2011 e 2013.
Othon Luiz Pinheiro, presidente licenciado da Eletronuclear, que é subsidiária da Eletrobras, já havia sido detido em julho na 16a fase da operação, batizada de Radioatividade, junto com o executivo da Andrade Gutierrez energia Flávio David Barra. Pinheiro é considerado um dos pais do programa nuclear brasileiro, e sua prisão foi a primeira relacionada a uma nova frente de investigação da Lava Jato, focada em empresas do setor elétrico.
O procurador da força-tarefa da Lava Jato Carlos Fernandes dos Santos Lima afirmou que Sobrinho continuou fazendo pagamentos irregulares de propina “até janeiro de 2015, inclusive, quando outro diretor da Engevix estava preso. Isso demonstra o quanto eles não têm limites nas suas operações". O executivo já responde por corrupção ativa e lavagem de dinheiro em uma aço que envolve também o ex-ministro da Casa Civil de Lula José Dirceu, detido na 17a fase da operação.
Na entrevista para apresentar os resultados da operação, Lima disse também que os casos “mensalão, petróleo e Eletronuclear são todos conexos (...) não tenho dúvida nenhuma de que todos estão ligados à Casa Civil do governo Lula, tudo foi originado dentro da Casa Civil”.
Dois suspeitos ligados à Engevix, o lobista da empresa Milton Pascowitch e o vice-presidente da companhia, Gerson de Almada, já firmaram acordos de delação premiada. Seus depoimentos levaram à prisão de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu.
A reportagem não conseguiu localizar os advogados de Sobrinho.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.
Mais informações
Arquivado Em
- Eletronuclear
- Luiz Inácio Lula da Silva
- Operação Lava Jato
- José Dirceu
- Eletrobras
- Caso Petrobras
- Partido dos Trabalhadores
- Investigação policial
- Petrobras
- Lavagem dinheiro
- Escândalos políticos
- Polícia Federal
- Subornos
- Financiamento ilegal
- Financiamento partidos
- Corrupção política
- Delitos fiscais
- Empresas públicas
- Companhias elétricas
- Polícia
- Corrupção
- Brasil
- Governo Brasil
- Governo
- Setor elétrico