José Dirceu é condenado a 23 anos de prisão na Operação Lava Jato
Moro sentenciou o ex-ministro da Casa Civil por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A sentença foi emitida nesta quarta-feira (18) pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato.
Na sentença, Moro afirma que José Dirceu recebeu 15 milhões de reais em propina, acarretando prejuízos para a Petrobras. "O custo da propina foi repassado à Petrobras, através da cobrança de preço superior à estimativa, aliás propiciado pela corrupção, com o que a estatal ainda arcou com o prejuízo no valor equivalente", aponta o documento.
Esta é a segunda vez que José Dirceu é sentenciado por crimes de corrupção - a primeira ocorreu em 2012, no mensalão. "O mais perturbador em relação a José Dirceu consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do País representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito", destacou Moro na sentença.
Nesta quarta, também foram sentenciados por corrupção o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, a 9 anos de prisão por corrupção, o empreiteiro Gerson Almada, da Engevix (15 anos e seis meses) e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque (10 anos).
Na prisão
O petista estava preso preventivamente desde agosto de 2015, por conta da 17ª operação Lava Jato, no Complexo Médico Penal, em Pinhas, Curitiba. Neste mês, teve seu pedido de saída da prisão negado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Para o Ministério Público Federal (MPF), ele foi um dos líderes do esquema de corrupção na Petrobras ainda quando era ministro do Governo Lula (2003-2011) e inclusive durante o processo do mensalão. Conforme os investigadores, ao menos 400 mil reais teriam sido pagos irregularmente pela Engevix para Dirceu. Esse valor fora usado para comprar parte da sede da empresa que o ex-ministro tinha em São Paulo, a JD Consultoria e Assessoria Ltda.
Dirceu foi preso pela primeira vez em novembro de 2013, pelo mensalão, e levado para a penitenciária de Papuda, em Brasília. O mandado de prisão foi emitido pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Um ano depois, em 4 de novembro de 2014, conseguiu o direito de cumprir o restante da pena no regime aberto.
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