A polarização política nas redes
Estudo feito por centro da FGV apontou que o embate virtual das eleições segue vigente
A decisão de ir para as ruas tomada pelos dois movimentos antagônicos — os movimentos anti-PT e anti-Dilma e as centrais sindicais e movimentos ligados ao governo — é, em parte, a materialização do que se vê nas redes sociais desde as eleições de outubro. Um estudo feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da FGV apontou que a polarização durante as eleições continuou a se manifestar no Twitter, já que cada um dos dois grupos continuou a se comunicar em uma espécie de rede própria, para dialogar entre si. Isso foi verificado pelos pesquisadores em análises feitas em três ocasiões importantes neste segundo mandato de Rousseff: o anúncio do ministro Joaquim Levy para a Fazenda, a eleição para a presidência da Câmara de Eduardo Cunha (PMDB), que derrotou o PT e impôs um grave descontrole da base aliada no Congresso, e a escolha de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras, estatal que está mergulhada na maior crise de corrupção de sua história.
“Essa mobilização virtual alimenta as formas como as pessoas veem a realidade, influencia a percepção social”, afirma o cientista político Luís Felipe da Graça, um dos organizadores do estudo.
O Planalto tem monitorado o engajamento virtual, especialmente em relação à convocatória de domingo para o protesto contra Dilma Rousseff. O Governo já usou o tipo de seguimento antes para tentar se antecipar a manifestações. Na eleição, todos os candidatos contrataram empresas ou especialistas para seguir os "sentimentos" das redes. Na Copa, a Fifa manteve um monitoramento próprio.
No domingo do panelaço, o especialista Fabio Malini, do laboratório de estudos sobre imagem e cibercultura Labic (Ufes), mediu a temperatura nas redes sociais. Em sua página no Facebook, postou uma análise da movimentação no Twitter na qual avalia que o movimento a favor de Dilma tem menos margem de manobra do que os contrários à presidenta neste momento. Segundo ele, falta ao Governo uma pauta capaz de mobilizar uma rede atuante na internet que se considera à esquerda do PT, como o MPL e ativistas pelos direitos indígenas.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.
Arquivado Em
- Operação Lava Jato
- Partido dos Trabalhadores
- Investigação policial
- Caso Petrobras
- Dilma Rousseff
- Subornos
- Financiamento ilegal
- Petrobras
- Lavagem dinheiro
- Presidente Brasil
- Presidência Brasil
- Corrupção política
- Caixa dois
- Financiamento partidos
- Brasil
- Corrupção
- Delitos fiscais
- Governo Brasil
- Polícia
- Partidos políticos
- Força segurança
- Governo
- América do Sul
- América Latina
- Empresas