Incêndio na Patagônia argentina se espalha e arrasa 34.000 hectares
Após duas semanas, os bombeiros ainda não podem acabar com o fogo. O incêndio ameaça pequenos povoados e um parque nacional


Os bombeiros argentinos estão começando a controlar alguns focos do incêndio florestal que começou há duas semanas na Patagônia, mas ainda não podem eliminá-lo de todo. A superfície dos bosques queimados na província de Chubut passou de 30.000 para 34.000 hectares, mas antes dessa expansão já era o maior incêndio florestal desde que a Argentina registra essas tragédias na natureza.
As chuvas que caíram na segunda-feira e o reforço às equipes de bombeiros enviado pelo Governo de Cristina Fernández de Kirchner e as províncias vizinhas de Rio Negro e Santa Cruz colaboraram para mitigar o fogo. No entanto, os profissionais sabem que têm de agir rapidamente e de forma eficaz para evitar que as chamas se reavivem tão logo voltem as temperaturas mais quentes durante o restante da semana, no final do verão austral.
As autoridades federais reconheceram que o incêndio avança em direção a um povoado de 60 casas perto do lago Cholila, embora ainda não tenham sido atingidas pelo fogo, que também ameaça um dos mais famosos parques nacionais da Argentina, Los Alerces. Está localizado a apenas quatro quilômetros de distância das chamas. No entanto, ali o fogo avançava mais devagar graças ao efeito das chuvas.
Autoridades federais reconheceram que o incêndio avança em direção a um povoado de 60 casas perto do lago Cholila
O doutor em biogeografia Juan Paritsis, pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), opinou que “esses incêndios têm de ser atacados a tempo porque, quando estão fora de controle, é praticamente impossível apagá-los se não for com a ajuda do clima”.
No sábado, o novo chefe do Gabinete de Ministros do Governo de Cristina Kirchner, Aníbal Fernández, demitiu o dirigente do Plano Nacional de Manejo de Fogo, Jorge Barrionuevo, por considerá-lo “ineficaz”. Em declarações ao portal de notícias Infobae, o pesquisador Juan Paritsis alertou que a recuperação da vegetação queimada levará mais de cem anos.
O Chile enviará helicópteros para cooperar no combate ao incêndio, apesar de o país agora também enfrentar o desafio do vulcão Villarica, em erupção em seu território, mais ao norte da Patagônia.
Alguns dos milionários com terras perto do lago Cholila tiveram seus bosques incendiados, mas não as suas mansões de veraneio. Há alguns que colaboraram pessoalmente enviando equipes de combate contra o fogo.
Enquanto isso, alguns juízes patagônicos ordenaram inspeções para averiguar a origem do sinistro, que, segundo o kirchnerismo, foi intencional e tem origem na especulação imobiliária de quem quer construir nas zonas arrasadas.
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