Netflix anuncia que seu serviço de filmes está disponível em Cuba
Empresa tenta se antecipar a uma abertura econômica e de acesso à Internet na ilha
![Pablo Ximénez de Sandoval](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2F270aaf70-db44-44e1-8a29-de9ae3b69f5d.jpg?auth=764aa9f29b69f78b5600051a34ed37bcf917cf618b50dac54109211841cedf39&width=100&height=100&smart=true)
![Sede da Netflix em Los Gatos (Califórnia).](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/5XW5NMSJOXUNVMJWV7N6VBHHJ4.jpg?auth=322d30a11b2c2a1969d379eaaf6e028f6ba8a0dcc92636d43d777f4d420ef4f4&width=414)
A empresa de produção e distribuição de conteúdo audiovisual Netflix anunciou nesta segunda-feira que seu serviço na Internet está disponível em Cuba. Em uma nota à imprensa, a companhia disse que oferecerá conteúdos aos “consumidores cubanos” à medida que for melhorando o acesso à Internet e se generalizar o uso de cartões de crédito. O anúncio da Netflix, um serviço que nas atuais condições da ilha é inacessível para a imensa maioria dos cubanos, é uma declaração de intenções sobre as esperanças que as grandes empresas norte-americanas depositam em uma futura abertura econômica da ilha.
O serviço online básico da Netflix custa 7,99 dólares (cerca de 22 reais por mês). O salário médio em Cuba é de 20 dólares mensais. Com uma conexão à Internet, o usuário pode ver todo o catálogo do menu, que inclui séries de sucesso. Cuba, governada por uma ditadura comunista há 50 anos, tem uma das menores taxas de penetração da Internet no mundo – menos de 5%. O acesso à banda larga, imprescindível para se poder ver filmes em streaming, é fortemente restringido.
Além dessas dificuldades, é preciso ter um cartão de crédito internacional para poder pagar. A MasterCard anunciou que seus cartões poderão ser utilizados em Cuba a partir de 1 de março e a American Express também informou que vai começar a operar na ilha.
“Estamos encantados por oferecer finalmente a Netflix às pessoas em Cuba, conectando-as com histórias de todo o mundo que elas vão adorar”, disse em comunicado o CEO da empresa, Reed Hastings. “Cuba tem grandes cineastas e uma poderosa cultura artística. Esperamos que algum dia possamos levar seu trabalho a uma audiência de mais de 57 milhões de pessoas.”
Nas atuais condições, a presença da Netflix na ilha parece restrita aos turistas e aos hotéis internacionais. No entanto, o anúncio da empresa é um importante precedente. Representa a aposta em uma Cuba com sistema financeiro internacional e acesso livre à Internet em um futuro não muito distante. “Esperamos que com o tempo os cubanos possam desfrutar da Netflix à medida que melhore o acesso à Internet e as empresas internacionais de cartões de crédito e débito comecem a oferecer o serviço no país”, disse um porta-voz da Netflix quando EL PAÍS lhe perguntou sobre a estimativa de clientes potenciais na ilha. A Netflix não explicou se está de alguma maneira em coordenação com o Governo de Havana.
A Netflix lançou suas operações de streaming em 2007. Atualmente tem 57 milhões de assinantes em 50 países, incluindo 5 milhões na América Latina.
Mais informações
![Página de abertura da Netflix com alguns lançamentos recentes.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/QGSPROLEKXBDHR7DGSLQLRHSCM.jpg?auth=64fe6e87be9ec4912b0f00d16aa94f00bab36399815a5cb7ffda0f6bcf05a574&width=414&height=311&smart=true)
Netflix libera conteúdo offline
Arquivado Em
- Barack Obama
- Bloqueio econômico
- Netflix
- Cuba
- Relações bilaterais
- Los Angeles
- Califórnia
- Caribe
- Relações comerciais
- Plataformas digitales
- Estados Unidos
- Relações econômicas
- IPTV
- América do Norte
- Internet
- América Latina
- Televisão
- Conflitos
- América
- Empresas
- Meios comunicação
- Telecomunicações
- Economia
- Relações exteriores
- Comunicação