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Polícia confirma que namorada de terrorista viajou para a Síria

Fontes policiais acreditam que mulher pode estar atualmente na Turquia

Tenha Boumeddiene.
Tenha Boumeddiene.AFP

A mulher mais procurada da França, Hayat Boumeddiene, de 26 anos, suposta parceira de Amedy Coulibaly, o autor do sequestro em um supermercado judaico de Paris que terminou com quarto reféns e ele mesmo mortos, viajou para a Síria no começo de janeiro, de acordo com fontes policiais francesas, que acreditam que ela pode estar atualmente na Turquia. As forças de segurança divulgaram a imagem dela junto a de Coulibaly e pediram a colaboração das pessoas para localizá-la.

Coulibaly conheceu Boumeddiene antes de um de seus períodos na prisão. A polícia também a vincula com a organização radical de Beghal, uma associação de criminosos formados ao redor do movimento radical liderado por Djamel Beghal, condenado por terrorismo, e considerada uma seita dentro da comunidade salafista. Em uma foto que corre nas redes sociais se vê Hayat Boumeddiene coberta com um véu negro e apontando com uma balestra.

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A polícia francesa acredita que Boumeddiene possa ser cúmplice de Coulibaly no assassinado na quinta-feira de uma policial num subúrbio ao sul de Paris, um dia depois de os irmãos Chérif e Said Kouachi matarem 12 pessoas em um ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo. Além disso, as forças de segurança francesas consideram que ela também pode ter participado da tomada de reféns no supermercado judaico.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, fez um apelo neste sábado para que não se baixe a guarda contra o terrorismo, e também para que a população seja “implacável com os inimigos da liberdade”, contra os quais a indignação tem de ser total e permanente, afirmou. Da localidade de Evry, no norte do país, ele declarou que os autores dos diversos atentados registrados esta semana em Paris, nos quais morreram 17 pessoas, sem contar os três terroristas, atacaram os valores da República.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, fez um apelo neste sábado para que não se baixe a guarda contra o terrorismo e para que se seja “implacável com os inimigos da liberdade”, contra quem a indignação deve ser total e permanente, segundo ele. Na localidade de Evry, no norte do país, o premiê afirmou que os autores dos diferentes atentados registrados nesta semana em Paris, nos quais morreram 17 pessoas, sem contar os três terroristas, golpearam os valores da República.

"Atacaram símbolos, os símbolos da França: a liberdade de se expressar, de dar sua opinião, de caricaturar”, disse Valls, que considerou ser necessária “uma mensagem de firmeza em torno dos valores republicanos e do laicismo”. A indignação, em sua opinião, tem de ser total, “não durante três dias, mas sim de forma permanente”. Ele fez um chamado para que se tirem as lições do que ocorreu e que elas sejam analisadas com “lucidez”, ante a constatação de que o terrorismo é o “maior desafio” com que a França se depara.

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