Cinema italiano fala com o mundo (em São Paulo)
Festival italiano traz filmes contemporâneos com temas como corrupção e juventude
Há cerca de dois anos, houve uma mudança no modo de fazer cinema na Itália, segundo Alessandro Battisti, diretor do 10º Festival de Cinema Italiano no Brasil. Se antes os filmes focavam muito no próprio país e nas comédias, Battisti afirma que agora “os temas têm mensagens mais universais, com temas internacionais e não tão restritos ao povo italiano”. Entre os filmes do festival há inclusive um rodado no Brasil.
Com um público que cresce a cada ano, a mostra está em cartaz nos Cines Belas Artes e Livraria Cultura. O festival começou no dia 27 de novembro e segue até o dia 3 de dezembro em São Paulo, reunindo 16 filmes contemporâneos, com temas que vão desde a corrupção e a criminalidade, passando por vícios e até pela ditadura militar argentina. Entre eles, Anita B., de Roberto Faenza, conta a história de uma jovem sobrevivente de Auschwitz que se muda para a casa de parentes na Tchecoslováquia, com territórios ocupados pelos alemães sendo desocupados forçosamente de um lado e o surgimento do comunismo do outro.
Uma das obras que mais chama a atenção na Mostra é João e Valdinha, do diretor Aurelio Grimaldi, gravado na Bahia e que conta a história do relacionamento amoroso de dois jovens de 16 anos em uma favela de Salvador. Todos os diálogos do filme são em português e os atores foram escolhidos entre jovens da favela que nunca haviam participado do cinema. Com prostituição, gravidez na adolescência e homossexualidade, Grimaldi faz uma história de amor inspirada em eventos que marcaram sua própria vida.
Mesmo assim, ainda há filmes que tratam de temas italianos, como o Anime Nere, de Franceso Munzi, que fala da rivalidade entre o norte e o sul da Itália, mas também sobre a Máfia Italiana e o tráfico de drogas, e outros que tratam das dificuldades que os jovens italianos têm de encontrar empregos com a crise econômica.
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