Netanyahu vincula o ataque de Bruxelas com o clima de “incitação” contra Israel
As vítimas do atentado de Bruxelas são um casal israelense e uma mulher francesa Dois irmãos judeus são agredidos perto de uma sinagoga em Paris
Emmanuel e Miriam Riva, dois israelenses de cerca de 50 anos residentes em Tel Aviv, são duas das quatro pessoas assassinadas neste sábado à tarde a tiros no Museu Judaico de Bruxelas. A terceira vítima é de nacionalidade francesa e trabalhava no local. O Ministério de Exteriores de Israel confirmou nesta manhã em um comunicado que duas das vítimas eram cidadãos seus. A imprensa local afirma que o casal de turistas não levava consigo seus documentos de identidade no momento do atentado, motivo que dificultou a identificação.
As autoridades belgas anunciaram que o atirador foi um homem que atuou sozinho, e que estava bem preparado. O suspeito interrogado no sábado foi colocado em liberdade. O Ministério do Interior da Bélgica pediu colaboração da população para identificar o assassino. Imagens do atirador serão divulgadas.
O presidente de Israel, Shimón Peres, entrou em contato com Maurice Sosnowski, porta-voz da comunidade judaica da Bélgica, formada por cerca de 42.000 pessoas, para saber dos detalhes da investigação. Fontes do Ministério de Exteriores de Israel indicam que não está claro ainda se houve um único agressor ou vários, mas fica “claro” que se tratou de um atentado “pensado, calculado” e não de um ato improvisado, similar ao que houve em Toulouse, em março de 2012, muito perto de um colégio judeu.
Peres, depois de mostrar sua “estupefação e profunda tristeza” pelo triplo assassinato, se ofereceu para ajudar no esclarecimento do caso. “Se podemos fazer algo, contem comigo diretamente”, disse a Sosnowski.
O edifício, segundo o Governo de Israel, não contava com vigilância extra por abrigar um centro judaico, já que o museu estava localizado em um bloco de usos múltiplos, que não era ocupado apenas por esta comunidade. “Era um alvo fácil”, reconheceram fontes israelenses ao diário Yedioth Ahronot.
Enquanto as autoridades israelenses recomendaram que as sinagogas e outros centros culturais vinculados à comunidade judaica aumentem suas medidas de segurança em toda Europa, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, denunciou que o ataque é um “ato que resulta da incitação” contra "o Estado de Israel". Horas depois do atentado de Bruxelas, dois irmãos judeus foram atacados por um grupo de homens junto a uma sinagoga em Paris, segundo o jornal Times of Israel. Os dois estão hospitalizados.
Como Peres, Netanyahu pede que a comunidade internacional, especialmente a União Europeia, que prestem mais atenção a estes ataques que ocorrem com frequência em seu território e são “sistematicamente esquecidos”, segundo Netanyahu. Diante da “hipocrisia”, o primeiro-ministro propõe “verdade” para enfrentar o problema do racismo e “firmeza” na perseguição dos culpados.
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