Nova York dá mais um passo na reabertura e permite reuniões de até 10 pessoas em todo o Estado

O governador Cuomo emitiu a ordem após ação movida por entidade de direitos civis; na Espanha, Governo se prepara para reabrir país a turistas estrangeiros a partir de julho

O governor de Nova York, Andrew Cuomo, em entrevista coletiva na quinta-feira.SPENCER PLATT (AFP)
Washington -

O governador de Washington, Andrew Cuomo, surpreendeu na noite desta sexta-feira ao emitir uma ordem executiva autorizando as reuniões de até 10 pessoas em qualquer parte do Estado – incluindo a cidade de Nova York, epicentro da crise – por qualquer propósito ou motivo. A medida, que gerou críticas das autoridades locais, foi divulgada horas após Cuomo autorizar reuniões somente para os serviços religiosos, por ocasião do Memorial Day, que os Estados Unidos celebram nesta segunda-feira em honra aos caídos em combate. A União Americana das Liberdades Civis (ACLU), principal entidade de direitos civis dos EUA, havia entrado com uma ação contra o governador por discriminar as demais atividades.

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Em todo o mundo, países preparam seus planos para a retomada das atividades. A Espanha anunicou que se abrirá a turistas estrangeiros a partir de julho. Na mesma linha, a reabertura do Estado de Nova York, o mais atingido pela pandemia, com quase 29.000 mortos e 20 milhões de habitantes, está sendo feita por etapas e territórios, mas a Grande Maçã não tinha conseguido tornar mais lenta a crise – requisito para começar a retomar as atividades. “Essa ordem chocante, forçada por uma ação, não muda nada em relação aos riscos associados às reuniões de pessoas, especialmente em espaços fechados. Precisamos que a população continue sendo inteligente e use o bom senso quanto aos riscos deste vírus, independentemente do que um tribunal tenha nos obrigado a fazer”, criticou no Twitter Mark D. Levine, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Nova York.

No entanto, as precauções obrigatórias de manter os quase dois metros de distância e usar máscara continuam vigentes para tais encontros. Horas antes, o presidente Donald Trump havia declarado como “serviços essenciais” as igrejas e outros lugares de culto, incentivando os governadores a darem luz verde para a sua reabertura. “Alguns governadores consideraram as lojas de bebidas e as clínicas de aborto como essenciais, mas não as igrejas e outros templos. Isso não está certo”, criticou o republicano, na mesma linha das queixas habituais dos manifestantes contra as medidas de confinamento.

Todo o país já iniciou diferentes níveis de desconfinamento. E neste fim de semana, com feriado na segunda-feira, espera-se uma retomada das movimentações das pessoas. As praias de Nova York, Nova Jérsei, Connecticut e da maior parte da Flórida abrirão, embora com restrições.

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