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Trump indulta o general Flynn, o primeiro a cair com as investigações da trama russa

O ex-chefe de Segurança Nacional se declarou culpado de ter mentido aos investigadores sobre seus contatos com o embaixador russo em Washington

O general Michael Flynn, primeiro conselheiro de Segurança Nacional de Trump, ao chegar ao tribunal de Washington onde sua sentença seria anunciada, em 2018.
O general Michael Flynn, primeiro conselheiro de Segurança Nacional de Trump, ao chegar ao tribunal de Washington onde sua sentença seria anunciada, em 2018.SAUL LOEB (AFP)
Amanda Mars
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Donald Trump aproveitou o crepúsculo de seu mandato para conceder um controvertido perdão ao ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, que se declarou culpado de falso testemunho ao FBI nas investigações da trama russa, a ingerência do Kremlin nas eleições presidenciais de 2016. A Administração de Trump já havia tentado salvar o general Flynn na primavera passada por meio do procurador-geral, William Barr, que no passado decidiu retirar as acusações contra Flynn apesar de sua confissão, uma decisão polêmica que o juiz supervisor do caso, Emmet G. Sullivan, decidiu suspender para revisá-la. Agora, o presidente republicano usou os poderes presidenciais que manterá até 20 de janeiro para libertá-lo. Em julho já havia comutado a pena imposta ao ex-assessor Roger Stone também por mentir ao Congresso no âmbito dessas investigações.

“É uma grande honra para mim anunciar que o general Michael T. Flynn recebeu o perdão total. Felicidades ao general Flynn e a sua maravilhosa família. Sei que agora terão um Dia de Ação de Graças verdadeiramente fantástico!”, anunciou Trump em sua conta no Twitter.

Flynn foi o primeiro a cair em desgraça por causa da trama russa. Em 13 de fevereiro de 2017, quando não estava nem há um mês no cargo e a Administração de Trump acabava de começar, foi obrigado a renunciar quando se descobriu que havia escondido de outro membro do Governo seus contatos com o embaixador russo em Washington, Sergei Kislyak. Flynn havia conversado com Kislyak durante o mês de dezembro, quando Barack Obama ainda estava na Casa Branca e, além disso, mentido sobre a natureza dessas conversas, já que versaram sobre as sanções que o democrata havia imposto pela espionagem.

O andamento do processo do general mudou em várias ocasiões. No final de 2017 Flynn admitiu sua culpa por mentir aos federais sobre seus contatos com Moscou e começou a colaborar com a investigação do procurador especial Robert S. Mueller, encarregado da macroinvestigação independente da trama russa, com a esperança de que a cooperação resultasse em uma sentença mais branda. No início deste ano, entretanto, Flynn deu uma guinada, retirou esse depoimento e acusou os federais de terem agido de “má fé”.

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