Trump demite chefe do Pentágono e continua sem admitir derrota eleitoral
Presidente anuncia pelo Twitter a saída do secretário da Defesa após desentendimentos pela violência nas cidades em meados do ano; Christhoper Miller assume o cargo interinamente
Para Donald Trump esta foi mais uma segunda-feira em seu gabinete. O republicano, ainda sem reconhecer a derrota eleitoral declarada no último sábado, não recebeu o presidente eleito, o democrata Joe Biden, no Salão Oval, como manda a tradição, e continua agindo e governando como se nada tivesse acontecido. Tanto é verdade que ao meio-dia anunciou, no mais puro estilo trumpiano —em uma mensagem no Twitter, com letras maiúsculas e pontos de exclamação—, a demissão do chefe do Pentágono, Mark Esper. Ele tinha deixado o presidente em evidência em meados do ano por causa dos tumultos nas cidades, que Trump queria conter recorrendo ao Exército. Com a destituição, Trump mostra que planeja morrer matando.
“Tenho o prazer de anunciar que Christopher C. Miller, o respeitado diretor nacional do Centro de Contraterrorismo (confirmado por unanimidade no Senado), será o secretário interino da Defesa, com efeito imediato. Chris fará um GRANDE trabalho! Mark Esper foi demitido. Gostaria de agradecer-lhe por seu serviço”, postou o presidente em sua conta no Twitter. Horas antes, ele se havia congratulado pelas últimas notícias sobre a pesquisa da vacina contra o coronavírus e a aceleração que isso provocou nas Bolsas. A empresa farmacêutica Pfizer e sua parceira alemã BioNTech anunciaram que é “90% eficaz”.
Enquanto Biden também segue seu próprio caminho, criando um conselho consultivo para a covid-19 e uma equipe de transição, desde sua cidade, Wilmington (Delaware), a 90 minutos dali, na avenida Pensilvânia, 1600, um presidente continua obcecado por uma batalha judicial para anular os resultados eleitorais. Trump não fala com a imprensa, nem tem eventos convocados, mas continua a tuitar e não se esquece de seus inimigos.
O confronto público com Mark Esper ocorreu em meados do ano, quando o republicano ameaçou colocar o Exército nas ruas, sem a aprovação dos Estados, para conter os atos violentos de protestos contra o racismo, que eram majoritariamente pacíficos. “Não apoio a invocação da Lei da Insurreição”, disse então o chefe do Pentágono, “estas medidas deveriam ser utilizadas como último recurso e nas situações mais urgentes e extremas. Não estamos em uma dessas situações agora”. “Sempre achei que a Guarda Nacional é mais adequada para lidar com questões internas”, frisou.
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