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Biden avança à Casa Branca e Trump lança uma batalha judicial agitando o fantasma de fraude

O democrata fez um pronunciamento à imprensa pedindo união, transmitindo seu convencimento de que ganharia, mas evitando cravar sua vitória

Joe Biden discursa nesta quarta, em Wilmington (Delaware).
Joe Biden discursa nesta quarta, em Wilmington (Delaware).Drew Angerer (AFP)
Amanda Mars

O democrata Joe Biden avança rumo à presidência dos Estados Unidos em meio a um escrutínio vertiginoso, longo pela grande avalanche de participação e pela quantidade de votos antecipados por correio —quase 100 milhões— nas eleições deste ano. Por sua vez, o presidente Donald Trump lançou uma ofensiva judicial para deter o ex-senador, agitando o fantasma de fraude e deslegitimado o sistema eleitoral norte-americano.

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A man gestures as he watches the numbers coming in from Virginia in favor of President Trump at the Cochise County Republican Headquarters in Sierra Vista, Arizona on November 3, 2020. (Photo by ARIANA DREHSLER / AFP)
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Las Vegas (United States), 03/11/2020.- David Moody, left, and his wife Jan Moody, of Las Vegas, cheer during a Republican watch party at the South Point Hotel & Casino in Las Vegas, Nevada, USA, 03 November 2020. Americans vote on Election Day to choose between re-electing Donald J. Trump or electing Joe Biden as the 46th President of the United States to serve from 2021 through 2024. (Estados Unidos) EFE/EPA/DAVID BECKER
EUA caminham rumo a uma crise institucional com disputa apertada e ameaças de Trump de apelar à Suprema Corte
Detroit election workers work on counting absentee ballots for the 2020 general election at TCF Center on November 4, 2020 in Detroit, Michigan. - President Donald Trump and Democratic challenger Joe Biden are battling it out for the White House, with polls closed across the United States -- and the American people waiting for results in key battlegrounds still up for grabs. (Photo by JEFF KOWALSKY / AFP)
Estados Unidos ainda não sabem quem ganhou as eleições. O que acontece agora?

As vitórias em Estados decisivos como Michigan e Wisconsin, já encaminhadas na tarde de quarta-feira, deixam Biden às portas da Casa Branca, esperando a confirmação dos resultados em Nevada e Arizona, além da expectativa de virada na Pensilvânia e em Georgia. O vice-presidente da era Obama fez um pronunciamento à imprensa em sua cidade, Wilmington (Delaware), e transmitiu seu convencimento de que ganharia, mas evitou afirmá-lo formalmente e pediu união.

“Temos os Estados necessários para chegar aos 270 delegados para vencer a presidência. Não estou aqui para declarar que vencemos, e sim para informar que, assim que a apuração acabar, acho que seremos os vencedores”, disse, pedindo aos norte-americanos que parem de tratar “seus oponentes como inimigos”. “Não somos antagonistas, o que nos faz norte-americanos é muito mais forte do que o que nos separa”, acrescentou. Foi um discurso breve alinhado com a mensagem com a qual baseou o coração de sua campanha: a de que, além dos programas econômicos e ambientais que propõe, é o presidente que quer curar as feridas de um país rachado socialmente e atravessado por uma grave crise econômica e sanitária.

Biden manteve, por enquanto, todos os Estados nos quais Hillary Clinton venceu em 2016, está perto da vitória no até hoje republicano Arizona e recuperou Wisconsin e Michigan, dois territórios críticos do cinturão industrial norte-americano que foram fundamentais para a vitória de Trump há quatro anos graças a margens apertadíssimas, de menos de 1%.

Um total de 160 milhões de norte-americanos votaram, o que significa uma participação de quase 67%, a maior desde 1900, quando chegou a 73%, de acordo com a base de dados da United States Election Project, uma plataforma de referência sobre informação eleitoral. A maré de eleitores, boa prova da importância da eleição, já coloca Biden como o candidato com mais votos individuais da história dos Estados Unidos —69,7 milhões, contra os 69,4 milhões de Obama. E Trump recebe 66,8 milhões de votos, quatro milhões a mais do que em 2016, em meio a uma pandemia com mais de 230.000 mortos.

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