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Um Brasil avassalador e uma Colômbia sem James Rodríguez: os destaques da Copa América 2021

Neste domingo começa a edição mais atípica do torneio de seleções mais importante do continente, tendo a ‘Canarinha’ como a grande favorita

Diego Mancera
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Neymar abraça Sebastián Méndez durante jogo pelas eliminatórias entre Brasil e Equador, em 4 de junho passado.DIEGO VARA (Reuters)
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BRA100. BRASÍLIA (BRASIL), 12/06/2021.- Empleados trabajan hoy, en el campo del estadio Mané Garrincha que acogerá la inauguración de la Copa América en la ciudad de Brasilia (Brasil). La Copa América 2021 ser realizará en cuatro ciudades de Brasil del 13 de junio al 10 de julio. EFE/Joédson Alves
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Seleção da Venezuela detecta um surto de casos de covid-19 horas antes do início Copa América

A incerteza acompanha a 47ª edição da Copa América. Após o adiamento por causa da pandemia, a mudança de sedes e a instabilidade sanitária no Brasil, o grande torneio de futebol da América começa neste domingo, 13 de junho, com os jogos Colômbia x Equador e Brasil x Venezuela. Desta vez, ao contrário das outras edições, não haverá seleções convidadas nem torcida nas arquibancadas.

O que aconteceu com James Rodríguez?

A seleção colombiana dispensou seu jogador mais midiático e talentoso. James Rodríguez não foi convocado pelo técnico Reinaldo Rueda. O técnico argumentou que não queria arriscar a recuperação de uma lesão na panturrilha do ex-jogador do Real Madrid. James publicou um comunicado em que mostra sua “decepção” com Rueda por não confiar nele, já que, segundo o jogador, se sentia capaz de chegar em bom nível à Copa América. O técnico colombiano encerrou a polêmica: “É normal, ele não está forte, é a dor em um momento em que vai ter de passar por essa tristeza. Eu lhe disse ‘pense nisso, reconsidere e conversaremos em alguns meses”. Edwin Cardona será o herdeiro da camisa 10. O histórico goleador da Colômbia, Radamel Falcao, também estará ausente por lesão.

O Brasil de Neymar é favorito?

O técnico Tite, montou um time estelar no Brasil. Os brasileiros são os atuais campeões da Copa América por terem vencido o Peru (3 a 1). Nos últimos dois anos, a Canarinha aperfeiçoou a maquina e se tornou a líder das eliminatórias para a Copa do Mundo do Qatar 2022. Venceu todas as seis partidas que disputou, com 16 gols a favor e apenas dois contra.

Tite tem à disposição dois dos melhores goleiros do mundo: Ederson (Manchester City) e Alisson (Liverpool). Na zaga tem o veterano Thiago Silva (Chelsea), Eder Militão (Real Madrid) e Marquinhos (PSG). No centro de campo tem dois pilares como Casemiro (Real Madrid) e Fred (Manchester United), somados a Paquetá (Olympique) e Fabinho (Liverpool). Na ofensiva, o Brasil tem opções para dividir com Neymar (PSG), Gabriel Jesus (Manchester City), Richarlison (Everton), Éverton (Benfica) e Gabigol (Flamengo).

A última oportunidade para Messi?

Lionel Messi é um dos jogadores de futebol mais velhos da seleção argentina. Aos 33 anos, já assume o papel de um capitão maduro. À experiência do jogador do Barcelona se somam Franco Armani (River Plate), Sergio Agüero (Barça), Ángel Di María (PSG), Alejandro Papu Gómez (Sevilla) e Agustín Marchesín (Porto). Messi em sua carreira premiada não conseguiu vencer a Copa América. Já disputou três finais do torneio com o alviceleste e perdeu três vezes: em 2007 para o Brasil, por 3x0; em 2015 contra o Chile, 0x0 (4x1 nos pênaltis) e em 2016 contra o Chile, 0x0 (4x2 nos pênaltis).

O jogador de Rosário tem mais uma oportunidade de se sagrar campeão com a alviceleste. Desta vez a seleção Argentina conta com uma equipe renovada e cheia de jovens. Um dos melhores estímulos é ter Lautaro Martínez, goleador da Inter, como grande parceiro no ataque e um Leandro Paredes que vai proteger o meio-campo.

Uruguai pode surpreender?

A seleção uruguaia, maior vencedora da Copa América, com 15 troféus, conta em seu elenco com vários jogadores de futebol inspirados. Luis Suárez, José María Giménez e Lucas Torreira conquistaram a LaLiga com o Atlético de Madrid, em uma temporada de agonia e triunfo. Há também Federico Valderde, um jogador versátil do Real Madrid, que encerrou uma grande temporada porque foi crucial para a equipe. O zagueiro Ronald Aráujo fez parte do time titular do Barça e Jonathan Rodríguez sagrou-se campeão pelo Cruz Azul, clube mexicano que não conquistava o campeonato havia mais de 23 anos.

Quais são as medidas sanitárias?

A Conmebol garantiu que a Copa América será o torneio mais seguro no que se refere à pandemia covid-19. A organização recebeu por meio de uma doação mais de 50.000 vacinas da empresa farmacêutica Sinovac, que foram utilizadas para imunizar funcionários, treinadores e jogadores de futebol. A vacinação dos jogadores, porém, não é obrigatória. Alguns, como Neymar, Ángel Di María, Josef Martínez já haviam sido imunizados em seus respectivos países de trabalho.

Os jogos serão disputados em quatro cidades brasileiras (Cuiabá, Brasília, Rio de Janeiro e Goiânia), a portas fechadas. Cada equipe terá uma bolha esportiva na qual não haverá acesso de terceiros aos hotéis. Há multas de até 30.000 dólares (153.000 reais) para jogadores que violarem os protocolos sanitários. Antes de cada partida, todos os envolvidos devem apresentar o certificado de vacinação ou, na falta deste, um teste de PCR realizado 48 horas antes.

Por que não se realizou na Colômbia e na Argentina?

A edição desta Copa América seria a primeira a ser organizada em dois países diferentes. Na Colômbia, o presidente Iván Duque apresentou uma proposta de reforma tributária no final de abril para enfrentar a crise econômica de covid-19. A sociedade colombiana tem saído às ruas para protestar desde 28 de abril. O Governo Duque aumentou o tom dos protestos ao enviar a polícia e o Exército para contê-los. A brutalidade policial levou a mais manifestações em todo o país e a mais de 50 mortes. A instabilidade social fez com que a Colômbia desistisse da Copa América. Pediu um adiamento e a Conmebol rejeitou.

A Argentina continuava sendo a única sede do torneio. Durante os primeiros meses de 2021 surgiram dúvidas por parte do Governo de Alberto Fernández porque o país enfrentava o início de uma segunda onda de infecções por Covid-19. A pressão pairava sobre a organização até que em 30 de maio a Conmebol suspendeu a realização na Argentina.


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