Manchester City é excluído das competições europeias por dois anos
Equipe inglesa é punida pela UEFA por descumprir fair play financeiro
O Manchester City foi excluído nesta sexta-feira das competições europeias pelas próximas duas temporadas (2020-2021 e 2021-2022) e multado em 30 milhões de euros (cerca de 139 milhões de reais). A UEFA puniu a equipe inglesa pelo descumprimento do fair play financeiro entre os anos de 2012 e 2016. A mais alta entidade do futebol europeu considera que o clube, de propriedade do sheik dos Emirados Árabes Mansour bin Zayed Al Nahyan, falsificou e inflou os recursos que recebeu de seus patrocinadores O City já anunciou que recorrerá da decisão junto ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS na sigla em inglês), informa Rafa de Miguel. A punição não afeta a temporada atual.
Em 2014 o City já havia sido sancionado com uma multa de 20 milhões de euros depois que a UEFA investigou as supostas irregularidades cometidas pelo clube, mas não tomou medidas esportivas. Em novembro de 2018, a revista alemã Der Spiegel, com a ajuda dos documentos do Football Leaks, publicou que a UEFA, na época de Gianni Infantino, acordou essa punição com os dirigentes da equipe inglesa, minimizando o fato de ter superado de longe o limite financeiro. O PSG também entrou nesse acordo, segundo o semanário alemão.
O City já contava com o veredito contrário da UEFA e não demorou a tornar pública sua resposta. “Decepcionados, mas não surpresos”, afirmou o clube em um comunicado oficial. A entidade anunciou sua intenção de recorrer da decisão o mais rápido possível e voltou a exigir que um órgão independente resolva a disputa. “O clube antecipou em todos os momentos a necessidade última de recorrer a um órgão e a um procedimento independentes, para que levem em consideração o conjunto completo de provas irrefutáveis que ampara nossa posição”, disse.
O clube acusa o responsável pelo processo de investigação da UEFA, Yves Leterme, de ter antecipado em dezembro de 2018 qual seria o resultado de suas averiguações e a punição que seria aplicada ao clube inglês “antes mesmo do início da investigação”. O City questiona todo o processo, que considera “defeituoso” e por ter sido vazado constantemente aos meios de comunicação. “Em poucas palavras, foi um caso iniciado pela UEFA, promovido e instruído pela UEFA e julgado pela UEFA. Finalizado esse procedimento prejudicial, o clube buscará um julgamento imparcial o mais rápido possível e iniciará, em primeira instância, um procedimento perante o Tribunal Arbitral do Esporte”, anunciou o Manchester City.
A equipe, treinada por Pep Guardiola desde 2016, é o adversário do Real Madrid nas oitavas de final da Champions League, que começa em 26 de fevereiro no Santiago Bernabéu e termina em 17 de março no Etihad Stadium. A exclusão, que entrará em vigor a partir da próxima temporada, é um tremendo golpe para um clube projetado para competir na Champions e que gastou quase 2 bilhões de euros em contratações desde que foi comprado pelo atual proprietário, em 2008. Campeão da Premier League nas duas últimas temporadas, o Manchester City está em segundo lugar na tabela, embora a 21 pontos do Liverpool. Sua classificação esportiva para a próxima Champions é mais do que possível, mas o clube ficará de fora se o recurso ao TAS não prosperar.
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