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Nobel de Física vai para Syukuro Manabe, Klaus Hasselmann e Giorgio Parisi, teóricos dos sistemas complexos

Júri da Real Academia de Ciências da Suécia reconhece suas contribuições para compreender fenômenos como a mudança climática

Os ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2021.
Os ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2021.
Miguel Ángel Criado

A Real Academia de Ciências da Suécia acaba de anunciar a concessão do Prêmio Nobel de Física a três cientistas por “suas contribuições fundamentais para nossa compreensão dos sistemas físicos complexos”. Entre essas contribuições estão o desenvolvimento de modelos matemáticos para entender a mudança climática e a responsabilidade humana nesse processo global.

Os três premiados – um japonês, um alemão e um italiano – compartilham o Nobel por seus estudos de grandes fenômenos caóticos e aparentemente aleatórios. Syukuro Manabe e Klaus Hasselmann lançaram as bases para entender a complexa interação entre o clima e os seres humanos. Giorgio Parisi, por sua vez, foi reconhecido por suas contribuições à teoria dos materiais desordenados e os processos aleatórios.

A divisão do Nobel de Física deste ano não é em partes iguais. Parisi fica com uma metade, enquanto Manabe e Hasselmann partilham a outra. Isso ocorre porque foram reconhecidos separadamente o trabalho do italiano e, em conjunto, o do alemão e do japonês.

Manabe é considerado o pai dos modelos climáticos que hoje permitem entender toda a complexidade do clima e projetar como será seu futuro. Ele demonstrou como o aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera estava provocando a elevação das temperaturas. Na década de 1960, protagonizou o desenvolvimento de moldes físicos do clima terrestre. Seus trabalhos são a base dos atuais modelos de evolução climática. Especificamente, foi o primeiro a estudar a interação entre a incidência da radiação solar e o transporte vertical das massas de ar.

No ano passado, o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a norte-americana Andrea Ghez ganharam o Nobel de Física. O primeiro recebeu metade do prêmio “por descobrir que a formação de buracos negros é uma predição robusta da teoria geral da relatividade”. Os outros dois compartilharam a outra metade “por descobrir um objeto compacto supermaciço no centro de nossa galáxia”.

O prêmio é dotado de nove milhões de coroas suecas (5,6 milhões de reais). Seu anúncio dá sequência à semana de premiações do Nobel, que começou na segunda-feira com o prêmio de Medicina e prossegue na quarta com o de Química. Em seguida vêm os anúncios do Nobel de Literatura (quinta-feira), Paz (sexta) e Economia (segunda-feira da semana que vem).

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