Ato inter-religioso marca um ano da morte de Beto Freitas, espancado em supermercado

Minha Fé é Antirracista reúne representantes de diferentes credos para mobilizar a população contra o racismo. Evento é organizado por entidades como Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil e Coalizão Negra por Direitos

Protesto na entrada de uma unidade do Carrefour em São Gonçalo, no Rio, pela morte de Beto Freitas, em 22 de novembro de 2020.
Protesto na entrada de uma unidade do Carrefour em São Gonçalo, no Rio, pela morte de Beto Freitas, em 22 de novembro de 2020.RICARDO MORAES (Reuters)
São Paulo -

O dia 19 de novembro é um novo marco da luta antirracista no Brasil. Foi nesta data, há um ano, que João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, morreu após ser espancado em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. Para lembrar a data, entidades da sociedade civil e religiosas realizaram nesta sexta-feira, o ato inter-religioso Minha Fé é Antirracista, que foi transmitido ao vivo pelo Facebook e pode ser visto no vídeo abaixo.

O evento foi organizado por entidades como Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Artigo 19, Coalizão Negra por Direitos, Comissão Arns e Conectas, entre outras. “Ao reunir entidades religiosas de diferentes credos e organizações de direitos humanos de todo o Brasil, convocamos fiéis e cidadãos a manifestar sua posição contra o racismo, que divide profundamente a sociedade brasileira”, afirmam os organizadores.

Participam do ato a pastora Cibele Kuss (Fundação Luterana de Diaconia e Fórum Inter-Religioso e Ecumênico do RS), o pastor batista Clemir Fernandes, Iya Sandrali de Oxum (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e Fórum Inter-Religioso e Ecumênico do RS), a monja zen-budista Kokai (Fórum Inter-Religioso e Ecumênico do RS), o rabino Ruben Sternschein (Congregação Israelita Paulista), dom Zanoni Demettino (arcebispo Metropolitano de Feira de Santana), o cantor e compositor Zé Vicente e Douglas Belchior (Coalizão Negra por Direitos).

É a segunda vez que representantes de diversos grupos religiosos se reúnem em memória de Beto Freitas. O primeiro ato ocorreu em dezembro de 2020, um mês após o episódio que marcou o início de uma campanha de mobilização contra o genocídio negro do Brasil.

Apoie nosso jornalismo. Assine o EL PAÍS clicando aqui

Inscreva-se aqui para receber a newsletter diária do EL PAÍS Brasil: reportagens, análises, entrevistas exclusivas e as principais informações do dia no seu e-mail, de segunda a sexta. Inscreva-se também para receber nossa newsletter semanal aos sábados, com os destaques da cobertura na semana.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS