Pfizer assina contrato com brasileira Eurofarma para produzir vacina contra a covid-19 para a América Latina
Segundo o acordo, a fabricação das doses acabadas terá início em 2022 e a estimativa é de que a produção anual exceda 100 milhões de doses em plena capacidade operacional
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A Pfizer e a BioNtech anunciaram nesta quinta-feira a assinatura de uma carta de intenção com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a produção local da vacina contra a covid-19.
Todas as doses serão distribuídas exclusivamente na América Latina, segundo divulgaram as farmacêuticas em comunicado. Segundo o acordo, a Eurofarma receberá o produto de instalações nos Estados Unidos e a fabricação das doses acabadas terá início em 2022. As empresas estimam que a produção anual exceda 100 milhões de doses em plena capacidade operacional.
Com a parceria, a rede de produção de vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da BioNTech se estenderá por quatro continentes e incluirá mais de 20 instalações de fabricação.
O anúncio acontece no momento em que o Brasil decidiu que voltará a imunizar grupos vulneráveis que já haviam completado o esquema vacinal, diante do temor da variante delta. Pessoas com 70 anos ou mais e pacientes imunocomprometidos ―como transplantados e portadores de HIV― deverão receber uma dose de reforço da vacina da Pfizer, independentemente do imunizante que tenham tomado anteriormente. A nova injeção será aplicada a partir da segunda quinzena de setembro, quando o Ministério da Saúde acredita que já tenha distribuído a primeira dose para toda a população adulta. O país também reduziu o intervalo entre as doses das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca para oito semanas —até agora, elas eram aplicadas 12 semanas depois.
O país tem apresentado uma redução progressiva no número de mortes na pandemia, mas um boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quarta (25) aponta que há uma estagnação proporcional na melhora dos indicadores para algumas faixas etárias, especialmente entre os idosos. Rio de Janeiro e São Paulo já identificaram uma maior incidência de covid-19 neste grupo, em que as vacinas, em geral, geram menos resposta imune e têm menor duração, ainda que protejam bastante.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na quarta-feira que a vacina da Pfizer foi a escolhida para a aplicação da dose extra por já ter sido testada em pessoas que já haviam sido imunizadas por vacinas de outras marcas e por estar mais disponível no país.
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