Roberto Livianu: “Retrocedemos no combate à corrupção no Governo Bolsonaro”
Presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, o procurador diz que, se a Lava Jato for extinta, algo terá de substituí-la
O procurador de Justiça em São Paulo e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, Roberto Livianu, disse que o Governo Jair Bolsonaro nada avançou no combate à corrupção. “Desde o início deste governo retrocedemos no combate à corrupção”. Defensor da operação Lava Jato, Livianu diz que, se a força-tarefa não for renovada ela terá de ser substituída por algo com a mesma capacidade de investigação dela. As afirmações foram feitas em entrevista ao vivo ao EL PAÍS na tarde desta quinta-feira.
O procurador que atua no Ministério Público de São Paulo ainda criticou a maneira de escolha do procurador-geral da República, assim como a atuação do atual chefe desta instituição, Augusto Aras. Na sua avaliação, quando o PGR tentou obrigar que a Lava Jato compartilhasse dados sigilosos de 40.000 pessoas, ele violou princípio constitucionais do órgão. “A independência funcional e a autonomia do Ministério Público foram pisoteadas”, disse.
Doutor em direito pela Universidade de São Paulo, Livianu atua na área criminal. Tem 28 anos de atuação na área jurídica e tem sido um dos expoentes na defesa da Lava Jato. Livianu é integrante do movimento Ministério Público Democrático, o procurador tem 52 anos de idade. Contumaz colaborador em jornais, é autor do livro Corrupção e coordenou a obra Justiça, Cidadania e Democracia.
O programa ao vivo desta quinta-feira faz parte de uma série de entrevistas promovidas pelo jornal com personalidades brasileiras. Sua íntegra também está disponível nos perfis no Facebook e no YouTube do jornal. A conversa foi conduzida pelo repórter Afonso Benites e pela correspondente Naiara Galarraga Gortázar.
Entre outras personalidades que já passaram pela série mutiplataforma, estão o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, os ex-presidentes Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e Dilma Rousseff, os artistas Babu Santana, Chaps Melo e Teresa Cristina, os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo Jilmar Tatto e Andrea Matarazzo, além dos cientistas Ricardo Palácios e Margareth Dalcolmo.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.