Dezenas morrem após chuvas em Minas e Governo federal decreta estado de emergência em BH
Números são da Defesa Civil do Estado. Entre quinta e sexta, região metropolitana de Belo Horizonte registrou o maior volume de água desde 1910
O número de mortes em razão das fortes chuvas em Minas Gerais subiu para 44. O número foi atualizado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil no fim da tarde deste domingo. Além dos óbitos, outras 19 pessoas estão desaparecidas, 13.887 estão desalojadas e 3.354, desabrigadas.
O coronel Edgar Estevo, comandante geral do Corpo de Bombeiros, afirmou que Belo Horizonte foi o município com maior número de vítimas, mas as chuvas também causaram mortes em Betim (5), Ibireté (4), Alto Jequitibá (4), Barreiro (2) e Contagem (2).
De acordo com a Defesa Civil, ainda há risco grande de deslizamento em nove cidades da região metropolitana da capital mineira: Sabará, Rio Acima, Brumadinho, Contagem, Nova Lima, Betim, Ribeirão das Neves e Ibirité, além da própria capital. Em Belo Horizonte, somente ontem (24) foram registradas 72 ocorrências desse tipo.
A capital de Minas Gerais registrou entre quinta e sexta-feira o dia mais chuvoso de sua história, pelo menos nos 110 anos em que são feitas medições, com 171,8 milímetros de água acumulados em 24 horas. A previsão é que a intensidade das chuvas comece a reduzir a partir deste domingo. A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar continuam trabalhando no atendimento de ocorrências tanto de risco geológico (como deslizamentos e soterramentos) quanto de risco hidrológico (como alagamentos e inundações).
No Espírito Santo, no fim de semana passado, sete outras pessoas morreram, duas ficaram feridas e uma continua desaparecida devido às fortes chuvas. A Defesa Civil do estado informou que 3.300 pessoas perderam sua residência ou foram despejadas de suas casas nas cidades de Iconha, Rio Novo do Sul, Vargem Alta e Alfredo Chaves.
Situação de Emergência
O Governo federal decretou, de forma sumária, situação de emergência em Belo Horizonte e Contagem, Minas Gerais, e também em quatro cidades capixabas. Equipe do Ministério do Desenvolvimento Regional atua em apoio aos trabalhos de resposta às fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Belo Horizonte e o Espírito Santo. Profissionais da Defesa Civil Nacional estão em ambas as localidades para auxiliar na mitigação dos danos humanos e materiais causados pelos desastres.
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério do Desenvolvimento Regional, elevou o status de operação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) para alerta máximo. Neste sábado, o Governo realizou reunião com representantes de diversos órgãos para traçar um plano de ação nos municípios mais afetados pelas chuvas.
Além das inundações e deslizamentos de terra, as tempestades em Belo Horizonte e região metropolitana causaram transbordamentos de rios, quedas de árvores e linhas de energia, o colapso de um prédio em construção e o bloqueio de estradas. Após declarar estado de emergência, a prefeitura da capital mineira suspendeu as atividades nas escolas municipais e orientou faculdades e universidades privadas a fazer o mesmo.
Com Agência Brasil e Reuters