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Leonardo DiCaprio rebate Bolsonaro e nega ter financiado ONGs investigadas

Sem apresentar qualquer prova, presidente afirmou que o ator havia financiado os incêndios na Amazônia por meio de doações à ONG WWF

Ator Leonardo DiCaprio.
Ator Leonardo DiCaprio.Mario Anzuoni (REUTERS)

O ator Leonardo DiCaprio negou as acusações sem provas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro de que ele teria financiado incêndios criminosos na Amazônia por meio da instituição ambiental WWF. DiCaprio afirmou, em uma nota divulgada pelas agências Reuteurs e AP, não ter feito doações a nenhuma ONG citada nas investigações brasileiras até o momento. "Embora mereçam apoio, nós não financiamos as organizações citadas", declarou.

O ator elogiou "o povo do Brasil que trabalha para salvar seu patrimônio natural e cultural" e disse ter orgulho de estar do lado dos grupos que o protege. "O futuro desses ecossistemas insubstituíveis está em jogo e tenho orgulho de fazer parte dos grupos que os protegem", afirmou.

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O ator e ativista ambiental teve o nome envolvido no meio de uma guerra travada por Bolsonaro contra ONGs que atuam na área ambiental. Em meio à crise provocada pelos incêndios, em agosto, o presidente começou a defender uma teoria de que essas entidades estariam provocando os incêndios para prejudicar seu Governo. Não apresentou qualquer prova ou evidência do que dizia.

Nesta semana, porém, a narrativa voltou à tona quando quatro ongueiros do Instituto Aquífero Alter do Chão foram presos sob acusação de se envolver em incêndios nessa região do Pará, numa operação da Polícia Civil local baseada apenas em frágeis elementos. Bolsonaro usou o caso para, mais uma vez, reforçar sua teoria. E envolveu até o ator Leonardo DiCaprio, cuja ONG que fundou, a Earth Alliance, prometeu doar 5 milhões de dólares para a proteção da Amazônia após as queimadas. “O Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia”, afirmou o presidente, sem provas.

A menção ao ator feita por Bolsonaro, nasce do próprio pedido de prisão da Polícia Civil contra os ativistas, que que se baseia em uma conversa dos brigadistas em que o ator é citado como doador da ONG WWF (World Wide Fund for Nature). Os brigadistas falam nas conversas que iriam conseguir uma doação de 70.000 da WWF e a polícia cogita, sem nenhuma evidência, que os brigadistas promoviam queimadas para conseguir esse tipo de contribuição.

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