África do Sul se despede da Copa feminina, mas vence a disputa pela igualdade
Seleção africana, que não somou nenhum ponto no Mundial, conseguiu que sua federação se comprometa a pagar às mulheres o mesmo valor de premiação dos homens
Na Copa do Mundo da reivindicação, a África do Sul tomou a frente de forma categórica. Dias antes de estrear na competição contra a Espanha, a Associação de Futebol de África do Sul (SAFA) anunciou a decisão de equiparar as premiações das seleções masculina e feminina de futebol para seus próximos torneios internacionais: o Mundial Feminino da França e a Copa da África.
“Isso significa um passo para o fim da brecha salarial entre os homens e as mulheres futebolistas em nosso país. É um dia feliz para o futebol sul-africano”, afirmou na ocasião Danny Jordaan, presidente da SAFA. “É uma conquista incrível. Lutamos por muito tempo para conseguir a igualdade no esporte”, acrescentou a capitã da seleção, a zagueira Janine Van Wyk. Se passasse da primeira fase, cada jogadora da África do Sul receberia cerca de 19.000 euros (82.000 reais) – 40.000 (174.000) se chegasse às semifinais e 56.000 (244.000) se conquistasse o título. Os mesmos valores serão pagos aos homens caso alcancem os objetivos na Copa Africana de Nações.
O desempenho na Copa feminina não foi dos melhores. A equipe conhecida como Banyama Banyama perdeu seus três jogos e se despediu do torneio com apenas um gol marcado. Porém, a vitória alcançada fora dos gramados tem simbolismo histórico num contexto de reivindicações do futebol feminino. No último 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a seleção dos Estados Unidos apresentou uma denúncia contra sua federação por discriminação salarial, alegando que recebem menos que os jogadores da equipe masculina e têm piores condições para jogar, treinar e viajar, apesar de gerarem mais receitas que os homens.
Com a conquista, a África do Sul segue o rastro de seleções como Dinamarca ou Noruega, as primeiras que igualaram os salários entre homens e mulheres. Uma medida que, no entanto, não foi suficiente para evitar que a grande estrela norueguesa, a vencedora da Bola de Ouro Ada Hegerberg, desistisse de jogar a Copa do Mundo como forma de protesto por entender que “as meninas não têm as mesmas oportunidades que os meninos no futebol”.
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