Massacre de Suzano: Polícia investiga se adolescente ajudou dupla a planejar ataque
Ex-aluno de 17 anos suspeito de ajudar a planejar ataque à escola depõem e é liberado

O adolescente suspeito de ajudar a planejar o massacre em Suzano se apresentou à Justiça nesta sexta-feira, no Fórum do município da Grande São Paulo. A Justiça pediu a apreensão do jovem de 17 anos, mas ele foi ouvido e liberado em seguida. A Polícia Civil investiga se o rapaz participou do planejamento do ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil, onde ele também estudou com um dos dois assassinos, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, que morreram na escola após tirarem a vida de oito pessoas e ferirem outros 11 estudantes do ensino médio. Em depoimento nesta sexta, o adolescente negou participação no planejamento do massacre. Por ele ser menor, o caso segue em segredo de Justiça.
“Os dois autores mortos durante o ataque participaram efetivamente da execução. O terceiro suspeito identificado não estava naquela localidade. Ele participou, em tese, de todo o planejamento. Eles projetaram o ocorrido pelo menos desde novembro”, disse nesta quinta-feira o delegado geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, em entrevista coletiva
A Polícia Civil também fez buscas na casa do adolescente e apreendeu cadernos, desenhos e jogos de videogame. A polícia também fará uma varredura em sites de compras pela internet para apurar se ele comprou algum material usado no massacre, segundo informações do portal de notícias G1. Além do revólver calibre 38, a dupla de assassinos usou uma besta (arma que dispara flechas), um arco e flecha e machadinhos.
Assim contamos as notícias, em tempo real, do massacre:

Encerramos aqui a cobertura em tempo real do massacre de Suzano. Mas continue a acompanhar conosco os desdobramentos do caso: http://cort.as/-FnRs




3º suspeito se apresenta à Justiça
O adolescente de 17 anos suspeito de ligação com o massacre em Suzano se apresentou no Fórum da cidade às 11h, acompanhado da mãe. De acordo com a polícia, ele é ex-aluno da Escola Estadual Raul Brasil e foi colega de classe de um dos assassinos. Ainda não se sabe qual teria sido, de fato, a participação dele no caso. O processo corre em segredo da Justiça.

O adolescente de 17 anos suspeito de ajudar a planejar o massacre tem até as 11h desta sexta-feira para se apresentar à Justiça, no Fórum de Suzano. A Juiza da Vara da Infância e Juventude determinou a apreensão do rapaz.
Nesta sexta também, a Secretaria de Saúde de Suzano vai se reunir com os funcionários da rede municipal e com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo para definir as novas estratégias de atendimento às famílias das vítimas.

Oito estudantes continuam internados
Dois dias após o atentado à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, oito estudantes seguem hospitalizados:
- Adna Isabella Bezerra de Paula, de 16 anos.
- Anderson Carrilho de Brito, de 15 anos.
- Jenifer da Silva Cavalcante, 15 anos.
- Leonardo Martinez Santos, 16 anos.
- Murillo Gomes Louro Benite, de 15 anos.
- Guilherme Ramos do Amaral, de 14 anos.
- José Vitor Ramos Lemos.
- Samuel Silva Félix.
Na quinta-feira, três sobreviventes deixaram os hospitais.





Corpos de assassinos são enterrados sem velório
Os corpos dos dois assassinos, Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, foram enterrados no início da tarde sem velório.
Em entrevista coletiva nesta quinta, o tio de Luiz Henrique pediu perdão às famílias das vítimas, bastante emocionado. "Quero pedir perdão público para os pais daquelas crianças. Eu não sei o que aconteceu com o menino. Em nome da família Castro eu peço perdão. Nós também somos vítimas", afirmou Américo Castro, 69 anos, segundo o portal G1.


Bispo faz apelo por paz em velório coletivo das vítimas
O bispo de Mogi das Cruzes, dom Pedro Luiz Stringhini, fez um apelo para que as pessoas priorizem a paz, durante a celebração do ato ecumênico em homenagem às vítimas do atentado na Escola Estadual Professor Raul Brasil. A cerimônia ocorreu no início da tarde desta quinta-feira no ginásio. “A paz é fruto da justiça”, disse dom Stringhini diante do auditório cheio. Enquanto as famílias se despediam das vítimas em volta dos caixões, colocados no centro da quadra esportiva, uma fila de pessoas passava ininterruptamente para prestar as últimas homenagens. Quase 10.000 pessoas prestaram suas condolências às vítimas do massacre no velório coletivo.
Fonte: Agência Brasil


Corpo de coordenadora será sepultado na sexta-feira
O corpo de Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, uma das oito vítimas do massacre de Suzano, será sepultado nesta sexta-feira, dois dias após a tragédia, porque um dos três filhos dela não está no Brasil. Ele viaja da China a Suzano e só deve chegar amanhã, segundo a prefeitura municipal. Marilena era coordenadora pedagógica da Escola Estadual Raul Brasil e foi assassinada a tiros. O corpo dela está sendo velado com outras cinco vítimas (quatro estudantes e a inspetora da escola) na Arena Suzano. A família não divulgou o local do enterro.
Nesta quinta-feira, são enterrados os corpos de sete das oito vítimas:
- Caio Oliveira, 15 anos, estudante.
- Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante.
- Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante.
- Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante.
- Samuel Melquiades Silva Oliveira, 16 anos, estudante.
- Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, inspetora escolar.
- Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, dono da locadora de veículos e tio de um dos atiradores.
Na imagem, um dos filhos de Marilena, Vinicius Umezo, é consolado por familiares no velório coletivo. Crédito da foto: Andre Penner/AP



Velório coletivo em Suzano recebe mais de 9.000 pessoas
Familiares e amigos de seis de oito mortos no massacre de Suzano passaram pela Arena Suzano, onde acontece o velório coletivo. Ao menos 9.000 pessoas já haviam passado no local até o início da tarde desta quarta, segundo a prefeitura municipal.


16 testemunhas foram ouvidas sobre ataque em escola de Suzano
A Polícia apreendeu computadores, tablets e cadernos usados pelos dois jovens autores do ataque na escola Raul Brasil, em Suzano, e ouviu 16 testemunhas até agora para tentar elucidar o crima. Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, equipes policiais realizaram diligências nas residências dos autores e em uma lan house, onde os dois jovens costumavam se encontrar. Lá, apreenderam equipamentos e anotações que devem ajudar os investigadores a entender a motivação do crime. As armas utilizadas pelos autores (revolver, arco e flecha e machadinha) foram apreendidas e encaminhadas à perícia.
O ataque na escola Raul Brasil deixou dez mortos, entre eles os dois autores do crime, além de 11 feridos. De acordo com a Secretaria da Saúde, sete vítimas continuam internadas. Diante do crime que chocou a cidade, a Polícia Militar reforçou o policiamento no entorno das escolas do município, que já conta com a Ronda Escolar. As informações são da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O secretário executivo da Segurança Pública, Youssef Abou Chahin e o delegado geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, concederão entrevista coletiva nesta quinta-feira, às 17h, sobre as investigações do caso. Na imagem, um caderno encontrado no veículos dos autores do crime com a frase "não pode correr". (FOTO: Sebastião Moreira/EFE).

