Quênia realiza concurso para eleger a Miss e o Mister Albino
Nairóbi realizou um desfile de moda para pessoas albinas, uma verdadeira festa da integração para defender a dignidade de um grupo constantemente descriminado
Maquiadora passa blush sobre as bochechas de Elsie Mutheu, 6, pouco antes dela participar do concurso Miss Albinismo África Oriental em Nairobi, (Quênia), uma verdadeira festa pela integração e normalização, celebrada no final de novembro de 2018. Um total de 30 participantes do Quênia, Tanzânia e Uganda competiram sob o tema 'Celebrando a beleza da cor', em um concurso cujo objetivo é sensibilizar a sociedade sobre os enormes obstáculos que as pessoas albinas passam, incluindo o estigma e a violência.YASUYOSHI CHIBA (AFP)Uma criança albina posa em um sofá junto a outros dois participantes antes do concurso de Mister e Miss Albinismo.DAI KUROKAWA (EFE)Uma mulher tira uma selfie com as jovens modelos albinas Shirlyne Wangari e Rebecca Zawadi. O concurso, que teve 30 participantes, foi organizado pela Sociedade de Albinismo do Quênia.BAZ RATNER (REUTERS)Jovem passa por tratamento de beleza antes do concurso Miss e Mister Albinismo. Os ganhadores levaram prêmios em dinheiro e atuarão como embaixadores das organizações sociais durante um ano.BAZ RATNER (REUTERS)Pés branquíssimos e saltos altíssimos, prontos para desfilar pela passarela.BAZ RATNER (REUTERS)Várias mulheres formam uma fila para desfilar pela passarela do concurso de Miss e Mister Albino. O albinismo é uma condição hereditária rara, que implica a falta de pigmentação no cabelo, na pele e nos olhos, causando vulnerabilidade ao sol e à luz intensa.DAI KUROKAWA (EFE)Uma das participantes ajusta sua tiara de búzios antes do desfile. A África subsaariana é o lugar do mundo com o maior número de albinos. A ONU calcula uma média de 1 a cada 5.000 a 15.000 nascimentos. Na Tanzânia e no Zimbábue a presença é ainda maior.YASUYOSHI CHIBA (AFP)Homens albinos esperam o início do desfile.DAI KUROKAWA (EFE)De esquerda a direita, as crianças albinas Elsie Lynn, de seis anos; Shirlyn, de de sete, e Rebecca Zawadi, de oito, posam para um fotógrafo atrás do palco antes de desfilar pela passarela.DAI KUROKAWA (EFE)O concorrente queniano Clinton Ontita posa para a foto. As pessoas com albinismo são atacadas em rituais e até assassinadas em alguns países africanos devido a uma crença falsa: que as partes de seu corpo servem para fabricar poções mágicas com diversos fins.YASUYOSHI CHIBA (AFP)Uma participante com um traje tradicional composto por peles de animais desfila durante o concurso de Miss e Mister Albinismo. Segundo o jornal de Moçambique 'Journal de Domingo', um só osso de albino pode valer cerca de 1.000 euros, e um recente relatório de Nações Unidas afirma que um “jogo completo” pode alcançar os 60.000.Ben Curtis (AP)Uma participante posa durante o desfile com um adereço típico da tribo Masai, no Quênia. As mulheres com albinismo são vítimas de ataques sexuais pela crença de que as relações com elas podem curar a Aids.BAZ RATNER (REUTERS)Emmanuel Silas, da Tanzânia, desfila pela passarela vestido com um cobertor da tribo Masai. O concurso, que pretende superar o estigma que os albinos enfrentam, destacou o tema 'Me aceite, me incluia'.YASUYOSHI CHIBA (AFP)A pequena Rebecca Zawadi, de oito anos, enquanto desfila pela passarela.BAZ RATNER (REUTERS)Rabecca Zawadi, de oito anos, é modelo apesar da sua curta idade, e já sabe posar para a foto.YASUYOSHI CHIBA (AFP)Um participante desfila com um traje tradicional. Pessoas com albinismo apresentam maior risco de lesões cutâneas por exposição à luz solar, e com frequência sofrem de câncer de pele prematuro.DAI KUROKAWA (EFE)Um competidor desfila pela passarela. É comum em países subsaarianos que as pessoas com albinismo não tenham acesso à informação sobre como se proteger do sol e também não disponham de profissionais e nem de equipamentos adequados para realizar certas operações. Eles necessitam de protetor solar com fatores altos e de roupas e óculos de sol também com filtros. Mas, em muitos casos, esses artigos são considerados de luxo.BAZ RATNER (REUTERS)O concorrente número 11 desfila e atua na passarela com traje tradicional de peles e armas. Todas as superstições que rodeiam o universo dos albinos fazem com que eles fiquem isolados e escondidos para que não sofram sequestros ou assassinatos, o que complica qualquer ação de ajuda.DAI KUROKAWA (EFE)Durante o concurso também se dança, como esses dois concorrentes que dançaram na contramão do estigma e a favor da inclusão das pessoas com albinismo na África.DAI KUROKAWA (EFE)