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Pussy Riot reivindica a invasão ao campo durante a final da Copa do Mundo

Quatro integrantes do grupo, que se opõem a Putin, protagonizam protesto durante a partida

Uma mulher que irrompeu na final da Copa do Mundo é arrastada para fora do campo.
Uma mulher que irrompeu na final da Copa do Mundo é arrastada para fora do campo.Martin Meissner (AP)

A banda punk Pussy Riot garantiu neste domingo que quatro de seus integrantes, dois homens e duas mulheres, foram quem invadiram o campo durante a realização da final da Copa do Mundo da Rússia 2018. Os quatro integrantes do coletivo de origem russa, que se opõe ao Governo de Vladimir Putin, conseguiram burlar a segurança e chegar ao terreno do jogo, enquanto Croácia e França se enfrentavam no estádio Luzhniki de Moscou.

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Os quatro invasores entraram no campo do jogo aos 52 minutos da partida, saindo de trás do gol francês e interrompendo brevemente a partida. A agência Reuters informou que, segundo afirmaram seus fotógrafos, usavam uniformes de policiais. Estavam vestidos com calças pretas, camisa branca, gravata e chapéu, e tocaram as palmas das mãos dos jogadores, o que Mbappé, por exemplo, retribuiu.

Em um comunicado, o coletivo explica que neste domingo, 15 de julho, completam-se 11 anos da morte do poeta russo Dimitri Prigov, a quem atribuem a autoria do conceito de “policial celeste”, “o portador do patriotismo celeste na cultura russa”, em contraste com a “polícia terrestre, dedicada a dispersar manifestações (...) e perseguir presos políticos”. O grupo já protagonizou vários choques com o Executivo de Vladimir Putin e encabeçou numerosos protestos contra seu Governo.

“A polícia celeste é quem organiza o belo carnaval desta Copa. A polícia terrestre tem medo de comemorações (...). Quando a polícia celeste entra em jogo, exigimos: a libertação de todos os presos políticos, que não se prenda por likes, o fim das prisões ilegais em manifestações, que se permita uma disputa política no país, que não se fabriquem acusações penais, que não haja gente presa sem motivo, e que a polícia terrestre se torne polícia celestial”, declara o coletivo no comunicado, publicado em suas redes sociais.

Uma das integrantes da banda, Olga Kurachiova, afirmou em declarações telefônicas à agência Reuters que foi uma das pessoas que invadiu o campo e que está presa na delegacia do estádio.

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