Morre um dos mergulhadores que tentavam resgatar meninos presos em caverna tailandesa
Incidente representa um duro golpe nas esperanças de que a retirada do grupo seja rápida
Um forte revés para as operações de resgate dos 12 meninos tailandeses e o monitor deles, que estão presos numa caverna alagada no norte do país. Um dos mergulhadores que participavam das tarefas de socorro morreu ao ficar sem ar em seu cilindro enquanto cobria o longo e complicado trajeto submerso entre a entrada do complexo e o ponto onde os meninos se encontram.
O comandante da unidade de mergulhadores da Marinha tailandesa, Apakorn Yookongkaew, anunciou em entrevista coletiva nesta sexta-feira, dia 6, a morte de Samarn Poonan, que ficou inconsciente enquanto fazia o trajeto e não pôde ser reanimado. Poonan, ex-submarinista militar que trabalhava como voluntário, era um dos encarregados de distribuir os cilindros ao longo da rota que os sobreviventes terão que percorrer para sair da caverna, caso se opte por retirá-los dessa forma.
“Depois de ter entregado uma reserva de oxigênio, no caminho de volta ficou sem ar”, relatou Passakorn Boonyaluck, vice-governador da província de Chiang Rai, onde se encontra a caverna de Tham Luang. “Ficou inconsciente no caminho de volta, seu colega tentou reanimá-lo e retirá-lo, sem êxito", esclareceu Yookongkaew.
A morte demonstra como é difícil retirar os 13 indivíduos apanhados numa ilhota quatro quilômetros gruta adentro, e representa um duro golpe para as esperanças de que o resgate seja feito rapidamente. Os técnicos já conseguiram reduzir o nível da água, mas não é suficiente. O grande empecilho continua sendo um ponto do túnel em forma de U, onde a água chegou a ter cinco metros de profundidade, com grande acúmulo de lama e detritos. Um mergulhador experiente precisa de 11 horas para completar a viagem de ida e volta.
Apesar disso, os meninos continuam recebendo aulas de natação e mergulho em ritmo acelerado, caso seja considerado imprescindível retirá-los o quanto antes. O governador de Chiang Rai e coordenador dos trabalhos, Narongsak Osottanakorn, salientou que não se pode permitir que o nível da água volte a subir, algo que poderia ocorrer se um novo temporal ocorrer.
Os trabalhos nesta sexta-feira se centram em estender tubos de ar que renovem o oxigênio na câmara onde as vítimas se encontram. Segundo as equipes de resgates, o nível de oxigênio se deteriorou devido à intensa atividade de socorro no interior da caverna.
As outras opções para resgatar o grupo dos 13 Javalis Selvagens – o nome do time de futebol ao qual pertencem – incluem mantê-los dentro da caverna até que passe a temporada de chuvas, algo que ainda levará quatro meses, ou perfurar um corredor através da rocha. Cerca de 30 equipes procuram na montanha possíveis fissuras que acabem em algum ponto da caverna mais próximo dos meninos.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.