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PIB cresce 1% com alta da agricultura e do consumo e sela fim de recessão do Brasil em 2017

Crescimento da economia confirma recuperação após duas quedas consecutivas no PIB, ambas de 3,5%, em 2015 e 2016

Supersafra de 2017 puxou resultado do PIB
Supersafra de 2017 puxou resultado do PIBAntonio Costa (Fotos Públicas)
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A economia brasileira voltou a crescer após dois anos de recessão. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 subiu 1% e fechou em 6,6 trilhões de reais, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O resultado põe fim a uma sequência de duas quedas consecutivas, ambas de 3,5%, no resultado da economia em 2015 e 2016.

Em relação ao quarto trimestre de 2016, o PIB cresceu 2,1%, o segundo resultado positivo seguido nessa comparação, após um trimestre de estabilidade e 11 trimestres de queda.

O crescimento da economia refletiu o desempenho de três atividades: agropecuária (13%), serviços (que teve uma recuperação tímida de 0,3%) e indústria, que ficou estável. “Apesar do peso relativo menor, a safra recorde [de milho e soja] representou a principal contribuição para o resultado positivo do PIB no ano”, explicou em comunicado à imprensa a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

O consumo das famílias também foi um dos grandes motores da recuperação, com alta de 1% em relação ao ano anterior (quando havia caído 4,3%), o que pode ser explicado pela melhoria dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda no ano de 2017. A medida do Governo de Michel Temer de liberar o FGTS e PIS/Pasep dos trabalhadores também contribuiu com o bom resultado.

O Governo federal tem motivos para comemorar. "O crescimento de 1% do PIB para um país que tivesse crescendo 2%, 3% seria um número ruim, mas para quem vem de uma sequência de dois anos de recessão é um ótimo resultado. E o melhor é que em 2018 o ritmo de crescimento ainda está maior", afirmou Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Governo Temer, que participa hoje de um evento da OCDE, no Insper, em São Paulo.

"Assim como a população não sentiu logo de cara a crise em 2015, também leva um tempinho para as pessoas sentirem a melhora da atividade na economia real. Mas o panorama é positivo. No início do ano passado, analistas achavam que o país cresceria em 2017 apenas 0,3%. O Governo apostava em 0,5%. Que bom que todos nós erramos", afirmou, aliviado, o secretário.

Apesar do otimismo, na análise da demanda interna, a formação bruta de capital fixo, que representa o quanto as empresas aumentaram investimentos em compra de equipamentos ou ampliação de estrutura, recuou 1,8%, com queda queda na construção e no consumo do governo, que caiu 0,6%. No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5,2%, enquanto as Importações de bens e serviços avançaram 5%.

A taxa de poupança no ano também apresentou recuperação, passando de 13,9% em 2016 para 14,8% em 2017, a primeira alta registrada desde 2013. Já a taxa de investimento no ano foi de 15,6% do PIB, abaixo do registrado no ano anterior (16,1%), mantendo a tendência de queda observada no período 2013-2016.

Para este ano, as estimativas apontam avanço do PIB  ainda maior. A pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostra que as expectativas são de crescimento de 2,89% em 2018. Já a OCDE aposta em um crescimento de 2,2% e o FMI estima 1,9%. 

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