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Jay-Z e Kendrick Lamar, favoritos a ganhar o Grammy

‘Despacito’ também concorre ao prêmio mais importante da indústria musical, que será entregue na noite deste domingo em Nova York

Jay-Z fala durante a cerimônia prévia ao Grammy que homenageou ícones da indústria fonográfica, neste sábado.
Jay-Z fala durante a cerimônia prévia ao Grammy que homenageou ícones da indústria fonográfica, neste sábado.Michael Zorn (AP)

Os prêmios Grammy, os mais importantes da indústria fonográfica dos Estados Unidos, voltam na noite deste domingo a Nova York para a sua 60ª edição, marcada pela diversidade dos indicados e pela conscientização contra o assédio sexual. Partem como favoritos os rappers Jay-Z e Kendrick Lamar, candidatos em oito e sete categorias, respectivamente, incluindo as de melhor álbum e melhor gravação, disputada também por Bruno Mars (seis indicações) e Childish Gambino (cinco).

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A mistura de R&B e pop privilegiada por Bruno Mars em seu álbum 24K Magic lidera as apostas, embora também gere expectativas a nova incursão do Hip Hop no âmbito mainstream, com 4:44, de Jay-Z, e Damn., de Kendrick Lamar, rivalizando para dar esse prêmio ao seu gênero musical pela primeira vez em 14 anos. A cantora neozelandesa Lorde completa o elenco de aspirantes ao Grammy de disco do ano, com Melodrama, enquanto os intérpretes porto-riquenhos Daddy Yankee e Luis Fonsi competem na categoria de melhor gravação por sua colaboração com Justin Bieber no hit latino Despacito.

É a primeira vez desde 1999 que não há homens brancos disputando o prêmio de melhor álbum, e daquela vez a disputa foi eminentemente feminina, entre Sheryl Crow, Lauryn Hill, Madonna, Shania Twain e a banda Garbage, liderada por Shirley Manson. Criticados no passado por sua falta de diversidade, os Grammys parecem ter escutado a frase “Stay woke!” (“acorde!”), que Childish Gambino popularizou nos últimos meses com sua faixa Redbone, incluída no álbum Awaken, My Love!, ambos as candidatas aos gramofones dourados.

Nesse sentido, neste ano os latinos, junto com os artistas negros, ganham visibilidade na primeira linha dos prêmios graças a Yankee e Fonsi, indicados também a melhor atuação pop coletiva e a melhor canção, uma categoria que reconhece os compositores. Os intérpretes de Despacito podem fazer história nos Grammy se ficarem com os prêmios de melhor canção e melhor gravação do ano: a última canção em língua não inglesa a conseguir esse feito foi Nel Blu Di Pinto Di Blu (Volare) (1958), de Domenico Modugno, em italiano. Além disso, seria o primeiro triunfo para um tema predominantemente em espanhol.

A presença de mulheres nas principais categorias é pequena, embora elas se destaquem entre os novos artistas – Alessia Cara, Julia Michaels e SZA, junto a Khalid e Lil Uzi Vert. Essa participação feminina ganha contundência na melhor atuação individual de pop, categoria em que concorrem Kelly Clarkson, Kesha, Lady Gaga e Pink, contra Ed Sheeran. Além disso, muitos artistas aproveitarão a cerimônia do Grammy para demonstrar sua conscientização em prol da igualdade de gênero e contra o assédio sexual, levando uma rosa branca em apoio ao movimento Time’s Up, que surgiu em resposta aos escândalos que sacudiram Hollywood nos últimos meses. Enquanto na recente cerimônia do Globo de Ouro predominou a cor negra em solidariedade a essa causa, desta vez a previsão é que os participantes levem essas flores, como prometeram fazer Lady Gaga, Kelly Clarkson, Camila Cabello e Cyndi Lauper.

A premiação, apresentada pelo humorista James Corden, contará com estrelas do entretenimento para a entrega de cada prêmio, incluindo os cantores Tony Bennett, Alicia Keys, John Legend e Nick Jonas e as atrizes Katie Holmes e Anna Kendrick. No palco também atuarão cerca de 30 artistas, muitos deles indicados, como Childish Gambino, Daddy Yankee e Luis Fonsi, Kendrick Lamar, SZA, DJ Khaled, Sting, U2 e Emmylou Harris, que receberá uma homenagem por sua carreira junto ao Queen, Tina Turner e Neil Diamond.

O Grammy será entregue na noite deste domingo no Madison Square Garden, em Nova York, uma breve volta à Grande Maçã após passar os últimos 15 anos em Los Angeles – para onde a cerimônia voltará em 2019.

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