_
_
_
_

Uma década sem ‘pasillo’ no clássico espanhol

O Barcelona decidiu que não homenageará o Real Madrid no Bernabéu pelo título do Mundial de Clubes porque a equipe não participou da competição

O corredor do Barça ao Madrid depois da vitória na Liga em 2008.
O corredor do Barça ao Madrid depois da vitória na Liga em 2008.Luis Sevillano
Mais informações
Um clássico para conquistar a Ásia
‘Garoto de 165 milhões’, o estigma que persegue Vinicius Junior

Lionel Messi, Sergio Ramos e Marcelo são os únicos três jogadores das atuais equipes do Real Madrid e Barcelona que estavam presentes no último pasillo – corredor feito pela equipe adversária para parabenizar uma conquista – realizado entre os dois clubes. Foi quase há uma década, em 7 de maio de 2008, quando o Barça de Frank Rijkaard homenageou a equipe branca no Bernabéu por ter vencido a Liga contra o Osasuna, na rodada anterior. Agora, após a conquista do Mundial de Clubes diante do Grêmio, o Real enfrenta o Barcelona no Campeonato Espanhol, e o centro da polêmica não passa por quem joga e quem não, e sim se deve haver um corredor. O clube azul-grená confirmou, por enquanto, que não haverá.

"Sempre deixamos claro que só fazemos isso quando participamos da competição, e não é o caso", afirmou no último domingo Guillermo Amor, responsável de Relações Institucionais do Barcelona. Por isso, quando o Madrid venceu a Supercopa da Europa contra o Manchester United em agosto deste ano, não houve corredor na partida seguinte, que foi o clássico no Camp Nou. Por sua parte, o técnico Ernesto Valverde destacou que "vão fazer o que o critério do clube diga" e minimizou sua relevância: "Não acho que seja muito importante".

Cristiano Ronaldo quer a homenagem. "Seria bonito, gostaria que o Barça fizesse o pasillo", disse entre sorrisos depois de conquistar o novo título e, imediatamente depois, minimizou a importância do gesto e destacou que o mais importante é ganhar no sábado para que "a Liga continue viva". Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, foi na mesma linha e não deu muita importância ao assunto, dizendo que "se não o fizerem, isso não desmerece o título". Ainda assim, embora seus protagonistas tentem relativizar a questão, a homenagem continua a ser o ponto central da polêmica e quem parece ter a palavra final é o Barça de Ernesto Valverde.

Um Valverde que, coincidentemente, fez o pasillo uma vez ao Barcelona quando era técnico do Villarreal, em 2010. A equipe azul-grená, liderada então por Guardiola, conquistou o Mundial de Clubes contra o Estudiantes de la Plata, de Alejandro Sabella, naquele 2 a 1 histórico com o golaço de cabeça de Pedro no minuto 87 e o gol de peito de Messi na prorrogação. Após essa partida, ocorrida em Abu Dhabi – assim como o mais recente Mundial –, a equipe de Pep enfrentou a de Valverde no Camp Nou pela Liga e foi recebida pelos jogadores com aplausos. Em forma de corredor.

Exceto no ano passado, depois de a equipe de Zidane também vencer o Mundial de Clubes, e quando nem o Sevilla na Copa do Rei nem o Granada na Liga fizeram o corredor, nas outras ocasiões houve homenagem. Em 1998, 2002 e 2014, a equipe branca recebeu a homenagem depois de levantar esse mesmo troféu. O mesmo ao Barcelona em 2015. A única exceção foi em 2011, a pedido de Guardiola: "Pedi a eles que não nos fizessem o corredor. Já havíamos recebido o agradecimento no Japão. Essas coisas são servem para nada. Vencemos, comemoramos e depois de dois dias há outra partida para jogar", disse na época o atual treinador do Manchester City.

Há um antecedente que contradiz a explicação de Guillermo Amor de que "o corredor só é feito quando o Barça participa da mesma competição". Foi em 2006, quando o clube azul-grená fez o corredor homenageando o Sevilla depois deste vencer a Liga Europa. Um torneio do qual o Barcelona não participou, já que havia disputado a Champions. Javier Tebas, presidente da Liga, delegou na terça-feira toda a responsabilidade da decisão à equipe liderada por Messi: "Desconheço se há protocolos, se é preciso fazer corredores, aplaudir ou soltar balões. A decisão é do Barça e tem a ver com eles. O clube e as pessoas podem gostar ou não, mas eu não dou nenhuma importância".

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_