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História de um prédio impossível: tem sete andares, 1,20 metro de largura e está em Lima

Peru está no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, onde ocorre 80% da atividade sísmica mundial. As autoridades pediram a demolição do edifício

Edifício sem autorização da Avenida Abancay de Lima.Vídeo: EPV

As autoridades municipais de Lima (Peru) anunciaram nesta segunda-feira a demolição de um edifício de sete andares e apenas 1,20 metro de largura construído sem autorização em uma avenida central da capital peruana.

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A propriedade não cumpre as normas de segurança técnicas necessárias do país sul-americano, nas palavras de John Ortiz divulgadas pela Efe, porta-voz do órgão competente. “Entendemos que será um processo muito rápido com prazos muito curtos”, acrescentou. O pedido será feito através do Judiciário e a ordem já foi notificada aos proprietários.

O interior do edifício, segundo publicado por um canal de notícias local, conta com “escadas estreitas, algumas delas sem terminar e portas de ferro com acesso a quartos que servem como armazéns”. Uma imagem datada de 2015 já mostrava o avanço da construção que possuía três andares dos sete que alberga hoje, segundo afirma Katia Cruz, repórter do Canal N.

A construção, que está na Avenida Abancay (na altura do número 9), quebra a norma pelo qual o número de andares de um edifício deve estar associado às condições de segurança e terreno existentes. Vários meios locais se concentraram no perigo adicional de uma obra localizada em uma área cheia de galerias comerciais e com contínuo trânsito de pedestres.

A área em que se encontra o edifício, de pouco mais de um metro de largura, gerou alarme entre os especialistas em um país que está no chamado Anel de Fogo do Pacífico, onde acontece 80% da atividade sísmica global. O último terremoto – 4 pontos na escala Richter – sacudiu Lima e a cidade de El Callao e aconteceu na tarde da segunda-feira (hora local), segundo informou o Instituto Geofísico do Peru (IGP). O terremoto não causou danos materiais ou vítimas mortais e teve origem 59 quilômetros a oeste da cidade e a uma profundidade de 28 quilômetros no Oceano Pacífico.

Desde janeiro passado, um total de 265 terremotos varreram o país sul-americano de norte a sul. Em setembro aconteceram 39 – o mês com mais tremores –, e dois deles atingiram uma intensidade de 5,3. O IGP possui uma classificação em três níveis dependendo da profundidade de sua origem: superficiais (de 0 a 60 quilômetros), intermediários (de 61 a 300 quilômetros) e profundos (mais de 300 quilômetros). Neste século, o Peru sofreu cinco terremotos de grande magnitude. O último deles, em 2001, teve origem perto da costa sul, alcançando uma magnitude de 8,4.

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