Hamilton vence GP da Bélgica, Alonso abandona e Massa é oitavo
Britânico mantém duelo infernal com Vettel e reduz a diferença a sete pontos no Mundial. O espanhol, para sua equipe: “Isso é uma vergonha”
Como é de costume, o GP da Bélgica em Spa-Francorchamps ofereceu mais um espetáculo dentre os melhores da atual temporada da Fórmula 1. A festa começou com o filho de Michael Schumacher, Mick, dando uma volta com o Benetton B194 com o qual, há 25 anos, o heptacampeão mundial venceu sua primeira corrida, neste mesmo circuito. Mas as emoções mais fortes chegariam mais tarde com a luta mantida durante toda a prova Lewis Hamilton e Sebastian Vettel para levar os 25 pontos que estavam em jogo. No fim, a vitória foi para o britânico da Mercedes, que, após um duelo infernal com o alemão da Ferrari, conseguiu triunfar e reduzir a diferença no Mundial a apenas sete pontos.
A corrida foi emocionante. Hamilton e Vettel brigaram desde a largada e mantiveram sua batalha até a última volta. Hamilton na liderança e Vettel atacando constantemente, buscando a melhor estratégia, tirando todo o rendimento de sua Ferrari, mas sem poder superar em momento algum o piloto da Mercedes. Hamilton, que no sábado igualou o recorde de Michael Schumacher de 68 pole positions, marcou a 58a vitória de sua carreira na Fórmula 1, e a quinta desta temporada. O britânico, tricampeão mundial, se aproxima cada vez mais de seu quarto título, porque a maior parte dos circuitos que restam até o encerramento da temporada favorece as qualidades de sua Mercedes.
No entanto, está cada vez mais claro que a distância entre a escuderia alemã e a italiana desapareceu. Em uma volta, os alemães são mais rápidos. Mas em ritmo de prova, a Ferrari se iguala ou até os supera. As corridas podem ser decididas por detalhes ou por acertos na estratégia dos pneus ou dos pit stops. A prova mais evidente disso foi a ultrapassagem que Daniel Ricciardo (Red Bull) e Kimi Raikkonen fizeram em Valtteri Bottas nas últimas voltas, para garantirem a terceira e a quarta posições, respectivamente. Bottas terminou em quinto lugar. E Max Verstappen se viu obrigado a abandonar por falta de potência em seu Red Bull, quando ocupava a quinta colocação. “Foi uma corrida fantástica”, disse Hamilton. “Sebastian me desafiou para um grande duelo, e por isso a vitória me deixa ainda mais satisfeito”.
Felipe Massa, que largou em 16º, foi quem mais ganhou posições durante a prova e terminou em oitavo lugar.
Fernando Alonso realizou uma largada espetacular e ultrapassou três carros para se colocar em sétimo lugar, ou seja, justamente atrás dos outros seis intocáveis. Mas levou pouco tempo para comprovar que os atributos de sua McLaren-Honda não eram suficientes para manter uma posição tão destacada. Era um luxo. E começou a pagar por isso à medida em que as voltas avançavam. Foi ultrapassado por Hulkenberg. Em seguida por Ocon, depois Pérez e também Grosjean. O espanhol acabou perdendo a cabeça e explodiu por rádio: “É uma vergonha”, disse. Mas seguiu lutando, batalhando por cada posição para tentar marcar pontos e terminar a corrida com o mínimo possível de danos.
Do sétimo lugar, começou a se mover entre a 10a e a 12a posições, após a primeira troca de pneus. Depois, Sainz demorou pouco tempo para ultrapassá-lo e tirar dele o 12o lugar. A continuidade de Alonso na McLaren parece complicada, apesar de Zack Brown, o principal responsável pela equipe, ter afirmado nesta semana que pretende oferecer a Alonso um carro vencedor para a próxima temporada. Não demorou para o motor Honda do bicampeão mundial quebrar. Foi na 26a volta. Alonso foi para o box para encerrar uma corrida na qual, com um bom carro, teria conseguido ficar bem atrás dos intocáveis.
“Perdemos a potência repentinamente. Era uma corrida complicada para entrar na marcação de pontos. Fico com a cronometragem de ontem, com a largada de hoje e olho para a frente. Houve um momento em que estavam me mandando tantas mensagens que optei por dizer a eles que bastava”, admitiu Alonso. “Na largada tentei me manter atrás de Hulkenberg e Ocon, mas passaram por cima de mim”.
Já Sainz fez uma péssima largada e caiu até a 15a posição. Mas depois foi recuperando lugares até se instalar no 12o com 28 das 44 voltas transcorridas. O espanhol seguiu acelerando e, após sua segunda parada, ganhou uma posição e se dispôs a lutar pelos pontos. O pneu furado de Pérez na 31a volta permitiu ao espanhol se colocar solidamente na 10a posição. E não a largou mais. Obteve um ponto para a Toro Rosso, uma equipe que aparecia em alta no início da temporada, mas que foi caindo à medida em que os demais carros foram sendo cada vez mais aperfeiçoados.
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