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A Mercedes mostra força

Quarta vitória de Rosberg, na frente de Bottas e Hamilton, que buscou 17 posições na corrida deste domingo

Oriol Puigdemont
Rosberg celebra a vitória com Hamilton (segundo) e Vottas (terceiro).
Rosberg celebra a vitória com Hamilton (segundo) e Vottas (terceiro). C. L. (Getty Images)

No atual cenário do mundial de Fórmula 1, quase não há margem para surpresas: se o seu carro for tão bom como foi o Red Bull nos últimos quatro anos e como o Mercedes desta temporada, você poderá demorar um pouco mais ou um pouco menos, mas acabará entre os primeiros na maioria das corridas. Foi o que vimos há pouco tempo com Sebastian Vettel e Mark Webber ao volante dos bólidos do búfalo vermelho. E a história se repete agora cada vez que saem à pista Nico Rosberg e Lewis Hamilton, nesse caso guiando o W05. Uma das maiores recuperações dos últimos tempos foi protagonizada por há dois anos em Abu Dhabi, onde saiu em último e terminou em terceiro, depois de Vettel serpentear pelo pelotão e tirar 21 rivais do caminho. Neste domingo, em Hockenheim, a exibição de força esteve a cargo dos dois pilotos da marca da estrela, uma equipe que corria em casa e diante da sua torcida.

Nico Rosberg tinha tudo bastante facilitado para a sua quarta vitória da temporada, pois partiu na pole, enquanto seu vizinho de box largou das catacumbas do grid, depois de ir parar na barreira de pneus, no treino classificatório de sábado, em virtude de um problema em um dos discos de freio. Não obstante, Hamilton se reencontrou com seu colega no pódio após outra de suas grandes exibições, a enésima prova dessa determinação na hora de ultrapassar, uma característica sua que o engrandece. Saiu em 20.º e cruzou a linha em terceiro, praticamente grudado na Williams do finlandês Valtteri Bottas, que sobe os degraus do pódio pela terceira prova consecutiva. Fernando Alonso terminou em quinto depois de brigar a maior parte do tempo com Vettel (quarto) e Daniel Ricciardo (sexto).

Rosberg está com sorte. Em menos de 15 dias se casou, celebrou o triunfo da Alemanha na Copa do Mundo e futebol e renovou seu contrato pela Mercedes aumentando consideravelmente seus ganhos, que passarão a ser de 55 milhões de euros (165 milhões de reais) em três anos (2015-2017). O piloto de Wiesbaden está com tudo e quer aproveitar porque não sabe até quando esta sorte vai durar. Sua inércia é diametralmente oposta à de seu companheiro, que vem levando azar mas segue ali, perto dele. Desta vez, foram os freios que condenaram Hamilton para sorte da torcida, que prefere vê-lo correr como se não houvesse amanhã.

Quando o britânico se veste de tubarão ninguém está a salvo. Nem os que estão na pista com ele nem os que assistem pela televisão. Pisca-se o olho na largada e já passa três (Massa, Magnussen e Ericsson); olha-se para o lado (quinta volta) e caem dois (Gutiérrez e Grosjean) e, em um descuido, ele já está em terceiro (21º volta) após ter engolido 17 carros e martelando o cronômetro e os pedais.

Fernando Alonso termina em quinto após lutar com Vettel, quarto, e Ricciardo, sexto

Pouco lhe importa ficar sem pneus ou quase sem aerofólio dianteiro por conta de um toque (Button), e tampouco poupará os freios ainda que tenha decidido mudar de marca de um dia para o outro, para tentar evitar que a desgraça de sábado se repetisse. Existem os que precisam de várias provas para adaptar o toque. Ele o faz com a marcha e a todo vapor, enquanto vai tirando a diferença dos oponentes até ficar em terceiro, a meio segundo de Bottas faltando seis voltas para o final. Se não conseguiu superá-lo, foi porque seus pneus agonizavam, pela Williams do finlandês ser um torpedo nas retas e porque não fazia sentido arriscar um prêmio conquistado com tanto suor.

Passada metade da temporada, as coisas praticamente não se mexeram para os dois principais aspirantes ao título. Entre eles, há apenas 14 pontos, sendo que ainda há nove provas por disputar, e a última vale o dobro (50 pontos pela vitória, em vez de 25). Com a igualdade que há entre Rosberg e Hamilton e a distância que os separa do resto, tudo parece se encaminhar para ser resolvido no GP de encerramento, em Abu Dhabi, para deleite da Mercedes.

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