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“A radicalização deles não foi rápida”, diz parente de terroristas

Terroristas estavam há pelo menos um ano reunindo-se com o imã, mas na rua fingiam não se conhecer

Mesquita da Comunidade Islâmica Annour de Ripoll
Mesquita da Comunidade Islâmica Annour de RipollRobin Townsend (EFE)

Conta um primo de dois dos participantes nos atentados de quinta-feira, em que 15 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas, que “a informação da radicalização rápida dos garotos é mentira”. O jovem pede anonimato e explica que “há pelo menos um ano o imã se reunia com alguns deles fora da mesquita”.

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Ele afirma que o imã Abdelbaki Es Satty se reunia com frequência em sua van com Mohamed Hichamy, com seu irmão Omar, com Moussa Oukabir e com Youssef Aalla. “Entravam na van e ficavam duas horas ou mais. Se passava alguém andando por perto, se calavam e começavam a olhar os celulares”.

Durante um ano, sempre segundo esse parente, os terroristas se reuniram de maneira muito discreta com o imã. “Quando se encontravam em algum lugar que não fosse a van – na mesquita ou na rua –, se cumprimentavam como se fossem desconhecidos. Salam aleikoum e pronto”.

O jovem afirma que foi em junho, durante o Ramadã, que “perderam o medo de morrer”.

“Acho que foi aí quando já sabiam o que iriam fazer. A partir desse momento começaram a se comportar de forma muito carinhosa com suas mães e com a família, estavam muito em casa e sempre atentos aos seus familiares. A mãe tinha qualquer problema e eles imediatamente estavam prontos para ajudar”. Um comportamento já registrado em muitos jovens muçulmanos radicais antes de realizarem um atentado.

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