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Reunião de chanceleres da OEA termina sem consenso sobre saída para a Venezuela

Discussões devem ser retomadas na Assembleia Geral da Organização, entre os dias 19 e 21, no México

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Editorial | Charada chavista
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As expectativas não foram cumpridas nesta quarta-feira na Organização dos Estados Americanos (OEA). Os chanceleres de uma maioria de países da região, reunidos durante mais de cinco horas em Washington para discutir os primeiros passos de uma saída diplomática para a crise da Venezuela, não atingiram um consenso sobre o que fazer. Durante as próximas semanas, os representantes dos Governos tentarão aproximar suas posturas para obter um texto comum.

“Existe a vontade de chegar a um consenso que procure uma saída para as circunstâncias da Venezuela”, afirmou Luis Videgaray, chanceler do México, ao final da reunião. “Concordamos que iremos nos pôr de acordo”, disse. Mas as divisões entre os países caribenhos, ainda aliados do regime de Nicolás Maduro, e os mais contrapostos ao chavismo evitaram que fosse aprovada nesta quarta uma resolução que proporia uma saída diplomática para a crise.

O prazo estabelecido para um acordo é a Assembleia Geral da OEA, que acontecerá em Cancún (México) entre 19 e 21 de junho. “Vamos trabalhar para obter consenso suficiente, temos um método e um prazo”, disse o chanceler mexicano. Para Videgaray, “seria muito lamentável e uma oportunidade perdida” não aprovar uma resolução.

“O país deixou de ser uma democracia”, havia dito ele na terça-feira. Nesta quarta, voltou a denunciar as violações constitucionais de Maduro e a crise humanitária e econômica que assola a Venezuela. Mais de uma dúzia de outros países se somaram às recriminações dele.

O número dois do Departamento de Estado norte-americano, Tom Shannon, enumerou outra série de manobras autoritárias de Maduro para concluir que existe “uma ruptura da ordem democrática na Venezuela”. Os ministros de Relações Exteriores do Brasil, Argentina e Costa Rica também condenaram em termos duros a situação no país.

Essas recriminações não são novas. Mas, às vésperas da cúpula da OEA – a de mais alto nível sobre a crise da Venezuela nos últimos dois meses –, os países da região esperavam engatilhar um processo para procurar uma saída negociada na Venezuela.

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