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Estados Unidos matam por engano 18 milicianos aliados em um ataque na Síria

Trata-se do terceiro erro militar com vítimas fatais em um mês no país

Amanda Mars
Os funerais dos milicianos mortos em um ataque dos EUA, no noroeste da Síria, nesta quinta-feira.
Os funerais dos milicianos mortos em um ataque dos EUA, no noroeste da Síria, nesta quinta-feira.Hawar News Agency (AP)

Em plena escalada de tensão entre as grandes potências na guerra da Síria, o Pentágono admitiu nesta quinta-feira que 18 milicianos curdos aliados morreram por engano em um ataque aéreo realizado pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para combater o terrorismo do autodenominado Estado Islâmico (EI). Trata-se do terceiro bombardeio em um mês que mata por engano civis ou aliados, embora o Pentágono não tenha especificado se o avião pertencia às forças norte-americanas ou de um país parceiro.

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Este último ataque ocorreu na terça-feira em Al Tabqa, onde as Forças da Síria Democrática –uma aliança curdo-árabe apoiada pelos Estados Unidos– haviam pedido intervenção depois de terem “identificado o alvo como uma zona de batalha do Estado Islâmico”, segundo o comunicado do Comando Central dos Estados Unidos, responsável na área, que qualificou o ocorrido como “trágico incidente”. O Pentágono está ainda investigando tudo o que pode ter falhado em um bombardeio na cidade iraquiana de Mossul no final de março, que resultou na morte de cerca de 200 civis.

Os EUA lideram um amplo grupo de países na luta contra o Estado Islâmico, com diferentes formas de envolvimento (da ofensiva também participam teoricamente Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, França, Jordânia, Holanda, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos), mas 95% dos ataques realizados desde setembro de 2014 na Síria foram liderados pelo Exército dos EUA.

Na guerra síria, que já dura mais de seis anos, com mais de 320.000 mortos e 10 milhões de deslocados, convivem várias frentes: enquanto o regime do presidente Bashar al Assad ataca as forças rebeldes com a ajuda da Rússia, as forças aliadas se concentram em combater os jihadistas (que os russos e turcos também atacam). Moscou apoia Assad, ao contrário de Washington, mas somente na semana passada os EUA atacaram pela primeira vez e de forma direta o regime sírio, com um bombardeio contra uma base aérea do Governo em resposta a um ataque químico contra a população civil em 4 de abril.

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