Marine Le Pen perde imunidade parlamentar por tuitar fotos de crimes do Estado Islâmico
Ela também é investigada por fraude na utilização de fundos europeus para pagar dois funcionários
O Parlamento Europeu suspendeu nesta quinta-feira a imunidade parlamentar da líder de ultradireita francesa Marine Le Pen, para que ela possa ser processada judicialmente por ter tuitado imagens explícitas de atrocidades perpetradas pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), supostamente para se defender de informações que comparavam seu partido com o grupo terrorista. Na terça-feira, a Comissão de Assuntos Jurídicos da Eurocâmara já havia votado a favor da suspensão da imunidade parlamentar de Le Pen. Na manhã desta quinta-feira, os eurodeputados fizeram o mesmo no plenário.
A decisão, tomada por uma ampla maioria do Parlamento Europeu, permite que a Procuradoria de Nanterre possa processar a candidata à Presidência da França pela Frente Nacional. Mas isso não afeta outra investigação aberta contra Le Pen em relação à acusação de fraude na utilização de fundos europeus para pagar seu guarda-costas e uma assessora. Metade do salário de Le Pen foi bloqueado por esse motivo.
“Uma ampla maioria concordou com a suspensão da imunidade”, disse Dimitrios Papadimoulis, exercendo funções de presidente da Eurocâmara. A suspensão da imunidade tem efeitos imediatos. E deixa Le Pen diante da possibilidade de enfrentar até três anos de prisão e uma multa de 75.000 euros (cerca de 245.000 reais).
Marine Le Pen publicou várias imagens muito explícitas sobre crimes do EI, entre elas a do cadáver do jornalista norte-americano James Foley, que foi decapitado. A líder de ultradireita disse que tuitou essas fotos porque seu partido tinha sido comparado com o Estado Islâmico por uma rede de TV. O então ministro do Interior e agora primeiro-ministro da França, Bernard Cazeneuve, considerou os tuítes uma “torpeza” e “propaganda” do grupo terrorista, por isso colocou o caso nas mãos da polícia.
A líder de ultradireita da França pode pegar até três anos de prisão
Uma investigação sobre essas fotos foi iniciada em 2015 pela Procuradoria francesa, e a suspensão da imunidade parlamentar foi solicitada pelo procurador de Nanterre devido à “difusão de imagens violentas”. Le Pen havia se recusado a prestar depoimento sobre o assunto perante a justiça francesa, alegando precisamente sua imunidade como membro do Parlamento Europeu.
Le Pen já havia feito um alerta no início desta semana sobre a possibilidade da suspensão de sua imunidade parlamentar: “Se sou objeto de tratamento especial, isso significa que não há Estado de direito. É simples assim”, disse Le Pen à emissora France Info, depois da notícia de que a Comissão de Assuntos Jurídicos da Eurocâmara havia suspenso sua imunidade.
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