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Presidente da Colômbia faz viagem de urgência aos EUA para se submeter a exames médicos

Juan Manuel Santos foi operado de um tumor na próstata em outubro de 2012

Javier Lafuente
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, numa foto de arquivo.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, numa foto de arquivo.Reuters
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, viaja nesta quarta-feira aos Estados Unidos para se submeter a uma série de exames médicos por causa de um aumento nos seus níveis de antígeno prostático detectado na Colômbia. O mandatário compareceu nesta terça-feira à Fundação Santa Fé, uma clínica de Bogotá, para avaliar sua condição médica depois da extirpação cirúrgica de tumor de próstata em outubro de 2012.

Segundo boletim médico da clínica, “como parte de um acompanhamento médico rotineiro detectou-se um aumento nos valores do antígeno prostático”. “Diante dessa novidade na evolução clínica, recomendou-se ao presidente realizar o mais brevemente possível um estudo complementar com uma tecnologia não disponível no país.”

O presidente da Colômbia, que receberá o Prêmio Nobel da Paz em 10 de dezembro em Oslo, será tratado no hospital Johns Hopkins, em Baltimore, perto da capital norte-americana. “Viajarei amanhã, o exame será na quinta-feira, e estarei de volta na sexta. Esta notícia apanha a mim e à minha família de surpresa”, afirmou Santos, de 65 anos, antes de acrescentar: “Peço ao médico que informe ao país quando o diagnóstico for concluído.”

Santos disse que aproveitará a viagem para se reunir com senadores e deputados republicanos e democratas dos EUA “a fim de informá-los sobre o novo acordo de paz” alcançado pelo Governo e pela guerrilha FARC no sábado “e discutir com eles os passos a seguir no Paz Colômbia”, uma referência ao novo acordo alcançado para manter a aliança estratégica representada pelo Plano Colômbia.

O mandatário colombiano teve um tumor de próstata diagnosticado durante uma viagem à Assembleia Geral das Nações Unidas em 2012. Na época, precisou passar por uma cirurgia com retirada total da próstata. “Tiraram-me uns 19 ou 20 gânglios [quisto pequeno], e em todos fizeram exames e não há rastros de câncer em nenhum, ou seja, estou totalmente curado”, disse Santos ao sair do hospital naquele ano.

Por coincidência, o vice de Santos, Germán Vargas Lleras, que substituirá o mandatário durante sua ausência, foi operado em janeiro deste ano de um tumor benigno no cérebro, razão pela qual passou mais de dois meses afastado de compromissos públicos.

Quando Santos adoeceu, seu médico declarou que não haveria “nenhuma incapacidade”, por se tratar de “um tumor localizado, que não requer tratamentos incondicionais de rádio ou quimioterapia”. Santos ordenou que seu prontuário clínico fosse divulgado ao público para afastar qualquer dúvida ou rumor sobre seu estado de saúde. “Isso pode acontecer com qualquer um”, disse.

A primeira cirurgia de Santos ocorreu numa época em que vários presidentes e expresidentes da América Latina sofreram dessa doença, caso do brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, do venezuelano Hugo Chávez (que acabou morrendo disso), da argentina Cristina Fernández de Kirchner e do paraguaio Fernando Lugo.

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