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‘CR7’, uma marca rentável dentro e fora do campo

Desde a sua chegada ao Real, o português estabeleceu novas marcas e contribuiu para o crescimento da imagem do clube

Cristiano Ronaldo e Florentino Pérez.
Cristiano Ronaldo e Florentino Pérez.SUSANA VERA (REUTERS)

Naquele momento, junho de 2009, os 94 milhões de euros (320 milhões de reais) pagos pelo Real Madrid por Cristiano Ronaldo ao Manchester City representavam o maior valor já pago por uma contratação na história do futebol. Apresentado a um público de 85.000 pessoas, com o número 9 às costas –o 7 ainda era usado por Raúl González--, o jogador português inaugurava, ainda sem saber, uma nova época na história do Real Madrid. Pois os que estavam ali puderam ver aquele que quebraria todos os recordes do clube, ultrapassando grandes lendas de sua história, como Hugo Sánchez (208 gols em sete temporadas), Di Stéfano (308 em onze) e ao seu então colega de equipe Raúl (323 em 16).

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“Você é o maior herdeiro dessa dinastia do futebol. Está marcando uma época no Real Madrid e hoje é o ícone do time das 11 Ligas dos Campeões. Quando você chegou aqui, em 2009, sabíamos que estava chegando um jogador sem igual. Você é insaciável na busca por novas conquistas, não se cansa de vencer e, por isso, o nome de Cristiano Ronaldo deve permanecer ligado para sempre à paixão por este escudo”, afirmou nesta terça-feira o presidente do clube, Florentino Pérez.

Cristiano se tornou e continua a ser um filão de ouro, tanto esportivo quanto econômico. O faturamento do Real Madrid com a venda de camisas conheceu um boom com a chegada do português. Calcula-se que, nos últimos oito anos, foram vendidas mais de 1.600.000 delas com o seu nome, um produto que custa hoje 105 euros (360 reais) a unidade.

O Real Madrid também ganhou somas vultosas com direitos de imagem. Segundo um estudo realizado pela Escola Superior de Mercadotecnia portuguesa IPAM, a marca Cristiano Ronaldo atingiu em 2014 um valor de 54 milhões de euros, o dobro de 2011 e onze milhões acima do que em 2013. O mesmo estudo calcula, além disso, que seu faturamento com direito de imagem supera os 23 milhões de euros (78 milhões de reais). Na renovação de contrato anterior, realizada em 2013, Jorge Mendes atuou no sentido de obter um acordo pelo qual a divisão dessa receita fosse meio a meio entre clube e atleta, em vez de 60-40 como era quando da chegada do jogador a Madri.

Além de seu crescimento como figura midiática –ele tem 48 milhões de seguidores no Twitter, 81 milhões no Instagram e 117 milhões no Facebook--, nos gramados Cristiano Ronaldo respondeu com um rendimento estável e progressivo. Nas sete temporadas que realizou até agora, nunca fez menos do que 33 gols, e em seis deles fez mais de 50.

“Haverá um antes e um depois de Cristiano”, afirmou Florentino Pérez ao concluir seu discurso no vento de renovação. E os números mostram isso.

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