Crivella perde vantagem sobre Freixo, mas ainda é o favorito a prefeito do Rio
Senador sofre baque nas pesquisas e diferença passa de 26 a 16 pontos frente ao candidato do PSOL
O senador Marcello Crivella (PRB) mantêm sua liderança com 58% dos votos válidos no Rio, mas perde vantagem frente a Marcelo Freixo (PSOL) que aparece com 42% das intenções, segundo a última pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado. A intenção de voto um dia antes do segundo turno deste domingo mostra certo desgaste do senador Marcelo Crivella, que perdeu dez pontos de vantagem, de 26 para 16, frente a Freixo em relação à última pesquisa de quarta-feira. Os resultados, fruto de 2.384 entrevistas feitas entre sexta e sábado, confirmam Crivella como vencedor das eleições deste domingo, quando cerca de 4,9 milhões de cariocas devem ir às urnas.
A pesquisa Datafolha, cuja margem de erro é de dois pontos percentuais, confirma também o alto número de votos brancos e nulos (19%), um fenômeno visto nas principais capitais do país no primeiro turno, no último dia 2, e aponta um 8% de indecisos, mesmos números que na pesquisa anterior. Espera-se ainda um alto índice de abstenções. Se computados os votos totais, Crivella tem 43% contra 30% de Freixo.
Crivella, líder nas pesquisas desde o primeiro dia de campanha, vem caindo na intenção de voto desde 14 de outubro, quando aparecia com 48% dos votos totais, mas ainda com ampla vantagem sobre seu adversário, que saiu de 25% para 30% dos votos. O senador e bispo licenciado da Igreja Universal está enfrentando uma espinhosa reta final de campanha, alimentada por revelações da imprensa onde mostra-se o passado intolerante de Crivella com outras religiões e com os homossexuais assim como um episódio de 26 anos atrás no qual foi preso tentando recuperar um terreno da igreja do seu tio, o bispo Edir Macedo, para construir um templo.
Irritado com os ataques, Crivella vinha cancelando entrevistas na última semana e xingando a imprensa, mas resolveu comparecer ao último debate com seu adversário, nesta sexta na TV Globo, da qual tinha queixado publicamente pela cobertura crítica da sua candidatura.
Durante o debate, Freixo, que enfrenta rejeição dos setores mais conservadores da sociedade por seu ativismo pelos direitos humanos e sua defesa da liberação das drogas e do aborto, partiu para o ataque e procurou explorar as fraquezas do adversário, de suas alianças políticas e como pensa recompensar os apoios ao projeto político da sua Igreja, a terceira com mais fiéis do Brasil, mas Crivella se esquivou. Olhando para a câmera, ele falava ao espectador: “Você não quer saber de religião, quer saber de emprego”.
Após o debate, Crivella, que sorria a cada resposta de Freixo, disse ao O Globo que manteve um tom conciliador porque as pessoas estão cansadas. “As pesquisas são desfavoráveis para ele [Freixo]. É natural que ele tente essas estratégias próprias dos inconformados”, disse Crivella. Embora haja pouca margem para milagres, Freixo ainda cultiva uma pequena esperança de reverter as pesquisas: “Há um grande número de votos nulos. Esse percentual vai definir a eleição. Se a gente virar esses votos, e é possível”.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.