_
_
_
_
Editoriais
São da responsabilidade do editor e transmitem a visão do diário sobre assuntos atuais – tanto nacionais como internacionais

Desastre líbio

Saldo da Líbia cinco anos após a queda de Gadafi é um Estado falido e uma grave crise migratória

Um combatente líbio do Governo que luta contra o Estado Islâmico descansa em Sirte.
Um combatente líbio do Governo que luta contra o Estado Islâmico descansa em Sirte.STR (EFE)
Mais informações
Bloqueio europeu
Maduro resiste
ETA, cinco anos depois

Os cinco anos desde a derrubada e morte do ditador líbio Muamar Gadafi, longe de significar um período de estabilização e progresso para o país, – após décadas de uma ditadura sangrenta – significaram o surgimento de um Estado falido na costa sul do Mediterrâneo.

É um saldo triste do qual não estão isentas de responsabilidade as nações europeias e organizações internacionais que colaboraram ativamente com a queda do ditador em 2011, mas que se afastaram de todo o processo posterior. As brutais imagens da caótica prisão e linchamento de Gadafi em Sirte foram um toque de advertência para outros ditadores da região sobre o que poderia acontecer com eles caso a Primavera Árabe triunfasse em seus países. A guerra civil na Síria e a brutal repressão praticada por Bashar al-Assad são o paradigma dessa atitude.

O resultado dessa meia década de desgoverno é um país somalizado com várias facções em guerra aberta pelo poder, entre as quais é impossível ignorar o Estado Islâmico e outros grupos terroristas de caráter jihadista que são responsáveis, por exemplo, pelo assassinato de um embaixador dos Estados Unidos. Deve ser adicionado a isso um fluxo completamente descontrolado de imigrantes que querem chegar à Europa e que são vítimas das máfias de tráfico de pessoas que os embarcam aos milhares e os lançam em uma perigosa travessia que muitas vezes termina em morte. O mar Mediterrâneo, entre a Líbia e a Itália, se tornou uma gigantesca vala comum, sem que as várias operações militares europeias tenham conseguido evitar.

É necessário que a União Europeia adote uma estratégia séria e viável na Líbia. A instabilidade no país do norte da África é uma ameaça direta para a segurança da Europa. Milhares de vidas e a evolução do jihadismo na margem sul do Mediterrâneo dependem de uma Líbia normalizada.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_