A imagem que doeu no mundo todo
Ginasta francês Samir Aït Saïd quebra a perna durante um salto na prova do cavalo


O primeiro dia da ginástica artística no Rio ficou em suspenso quando o francês Samir Aït Saïd se machucou no salto. Não pelo fato em si, pois, no final das contas, este é um esporte de risco, onde uma queda ruim pode afastar o atleta da competição. Mas pela imagem de sua perna em uma posição impossível, que deixou a Arena Olímpica do Rio em aterrador silêncio.
Especialista nas argolas e bom saltador, Saïd tentou um duplo Tsukahara carpado no cavalo. Impreciso no ar, não chegou a concluir o giro e acabou rolando pelo colchonete, segurando a perna esquerda com uma mão e tampando os olhos com a outra.
A França saía na segunda subdivisão, depois que Uchimura caiu na barra fixa e ainda assim se manteve à frente da classificação individual; de que o Japão apresentasse sua candidatura ao título por equipes e que os brasileiros, entre lágrimas de emoção, viram como seu campeão olímpico Zanetti conquistava 15.533 nessas argolas em que se sai tão bem. Saïd não foi para os arcos e seguiu para as argolas, sua especialidade. Seu segundo aparelho foi o salto, mas não pôde prosseguir.
A competição ficou parada durante vários minutos, até que o ginasta fosse removido em uma maca. No fim do dia se soube que sua nota nas argolas lhe tinha garantido uma posição na final, que obviamente não poderá disputar.
O francês não foi o único a se machucar, embora tenha sido o de maior gravidade. Na mesma rodada o alemão Toba lesionou o joelho. Mas como isto é ginástica, isso não o impediu de continuar na competição.
Depois, na segunda subdivisão, os Estados Unidos ultrapassaram o Japão ao somarem 270.405 pontos em uma das surpresas do dia (no final a China foi a primeira, embora por pouco) A outra, maior se possível, foi que o ucraniano Verniaiev superou o campeão olímpico e invicto nos três Mundiais desse ciclo olímpico, Kohei Uchimura.
