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Suicida explode bomba perto da Mesquita do Profeta, em Medina

Onda de ataques atinge três cidades sauditas e deixa pelo menos quatro mortos

Juan Carlos Sanz
A Mesquita do Profeta, em foto de 2007.
A Mesquita do Profeta, em foto de 2007.MOHAMED MESSARA (EFE)

Três atentados suicidas semearam nesta segunda-feira o terror na Arábia Saudita depois de uma semana em que o Estado Islâmico foi acusado de atacar o principal aeroporto de Istambul e um café frequentado por estrangeiros na capital de Bangladesh, além de causar uma matança sem precedentes em um bairro xiita de Bagdá. Os ataques ocorreram em Jidá–perto do consulado dos Estados Unidos–, na cidade oriental de Qatif e em Medina, perto da Mesquita do Profeta.

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O último dos atentados registrados em território saudita e o único com mortos (além dos dois suicidas) foi desfechado perto da Mesquita do Profeta, na cidade de Medina, considerado o segundo lugar mais sagrado do islã por abrigar o túmulo de Maomé e seus dois sucessores imediatos na direção do islamismo. O ataque, no qual morreram pelo menos quatro membros das forças de segurança, coincidiu com os preparativos do último dia de jejum do Ramadã. As imagens mostradas pela televisão panárabe Al Arabiya e as redes sociais refletiam uma grande confusão no local e deixavam entrever que o número de mortos vai aumentar.

As outras ações suicidas visaram interesses dos Estados Unidos, com a explosão de um carro-bomba perto do consulado do país na grande cidade ocidental de Jidá, na costa do mar Vermelho, e a comunidade muçulmana xiita, minoritária entre os sauditas, com a detonação de outra bomba em uma mesquita da cidade oriental de Qatif, na zona do golfo Pérsico.

Ninguém reivindicou ainda a autoria dos atentados na Arábia Saudita, nem foram atribuídos a nenhum grupo, mas parecem ter sido realizados de forma coordenada na véspera da grande celebração islâmica do Eid el Fitr, que marca o final do mês de jejum. A ação contra a representação diplomática norte-americana em Jidá é uma das primeiras contra interesses ocidentais nos últimos meses e deixou pelo menos dois feridos. Fontes consultadas pela Reuters em Qatif garantiram que também não houve mortos nesse ataque terrorista na cidade.

O último grande atentado na Arábia Saudita ocorreu em 7 de agosto do ano passado, quando um suicida detonou a carga explosiva que transportava em uma mesquita da cidade de Abha, capital da província de Asir, no sudoeste do país. A explosão matou 12 membros das forças de segurança, encarregadas de proteger o templo, e três funcionários do complexo policial de Abha.

A Arábia Saudita é membro da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, que bombardeia posições do Estado Islâmico na Síria e Iraque. O reino já foi alvo de vários atentados jihadistas desde meados da década de 90. Em maio de 2004, uma série de explosões de carros-bomba sacudiu um complexo residencial em Riad onde viviam estrangeiros árabes e ocidentais, deixando uma vintena de mortos e duas centenas de feridos.

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