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Celso Russomanno lidera corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo

Pesquisa Ibope aponta que o candidato do PRB tem 26% das intenções de voto. Marta Suplicy (PMDB) aparece em segundo lugar, empatada com Erundina (PSOL) e Haddad (PT)

Marina Rossi
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB).
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB).B. Poletti (Folhapress)
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O candidato Celso Russomanno (PRB) está liderando (26%) as intenções de voto à Prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa realizada pelo Ibope em parceria com o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo (SETCESP). O segundo lugar está embolado com as candidatas Marta Suplicy (PMDB) (10%), Luiza Erundina (PSOL), com 8%, o prefeito Fernando Haddad (PT), com 7%, o candidato do PSDB João Dória aparece em seguida, com 6% das intenções de voto, e Andrea Matarazzo (PSD), com 4%. Isso porque a margem de erro da pesquisa é de quatro pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 19 de junho e ouviu 602 pessoas.

Trata-se de uma leitura prévia, mas ainda muito longe de ser definitivo. Na pergunta espontânea, em que os entrevistados são questionados em quem vão votar sem que se apresentem os nomes dos candidatos, a maioria (54%) não soube responder. Outros 26% disseram que votarão em branco ou nulo.

A rejeição de Fernando Haddad é a maior entre os candidatos: 46%. O prefeito esteve em evidência, nos dias em que a pesquisa foi realizada, por conta dos moradores de rua que morreram de frio. A falta de habilidade do prefeito para lidar com a questão teve repercussão negativa que favoreceu outros candidatos. Embora se destaque na pesquisa 'liderando' o segundo lugar com 10%, a ex-prefeita Marta Suplicy tem rejeição parecida com a de Haddad: 42%, seguida por Marco Feliciano (PSC), com 31% e Luiza Erundina, com 29%. Dos candidatos mais conhecidos, Russomanno é o que aparece com o menor índice de rejeição: 22%.

Ainda que lidere a primeira pesquisa sobre as eleições na capital paulista, Celso Russomanno ainda pode ter a sua candidatura inviabilizada. Ele foi condenado em 2014 por peculato (desvio de dinheiro), porque uma funcionária da sua produtora, a Night and Day Promoções, era na verdade mantida pela Câmara dos Deputados.

A condenação ocorreu em 2014, mas o deputado entrou com um recurso e cabe agora ao Supremo julgar. Há duas chances de Russomanno permanecer na disputa: ele pode ser absolvido, ou o Supremo pode só julgá-lo depois das eleições. Se for condenado, ele estará enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o que o impede de se eleger pelos próximos oito anos. Mas se isso ocorrer depois das eleições, ele garante o mandato.

Outra acusação pode prejudicar a campanha de Russomanno. De acordo com reportagem publicada no jornal O Valor o ex-deputado Pedro Côrrea (PP), delator na Lava Jato, disse que Russomanno foi beneficiado pelo esquema do mensalão, que levou à prisão uma série de lideranças petistas. Segundo Corrêa, o candidato a prefeito do PRB recebia regularmente pagamentos de José Janene, já falecido e principal operador do PP. Russomano esteve filiado ao PP entre 2003 e 2011.

Má avaliação do prefeito

A pesquisa também apontou a avaliação dos paulistanos em relação à gestão de Haddad: 73% desaprovam o Governo petista e 22% aprovam. E mediu também a aceitação ou rejeição do paulistano em relação às principais políticas desenvolvidas pela gestão do prefeito na área de mobilidade: a maioria é contra a ampliação do rodízio de veículos, sendo que 57% não querem a ampliação do horário do rodízio, 61% não aprovam ampliar a área do rodízio e 62% não aprovam o aumento de um para dois dias de rodízio em São Paulo.

A implantação de faixas exclusivas de ônibus é aprovada por 92% dos paulistanos. Já a redução da velocidade nas vias e a implantação de ciclovias dividem o paulistano: 51% aprovam essas políticas. Para 9% dos entrevistados, a implantação de ciclovias melhorou muito o deslocamento na cidade e para 47% não afetou em nada. Em novembro, uma pesquisa do instituto Datafolha mostrava que 56% dos paulistanos eram a favor das ciclovias. Em setembro, esse percentual era de 80%.

Cinquenta e um por cento dos entrevistados disseram que o meio de transporte mais utilizado para se locomover é o ônibus.

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