Gilmar Mendes suspende investigação sobre Aécio Neves um dia após autorizá-la
Ministro avaliou que não há novos fatos no caso reenviado que já havia sido arquivado por Zavascki

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender a investigação sobre o suposto envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB) no esquema de propina ligado a estatal de energia Furnas menos de 24 horas depois de autorizá-la. Segundo o ministro, o senador e seus advogados conseguiram provar nesta quinta-feira que não há novos elementos que justifiquem a abertura de inquérito. Gilmar também enviou o inquérito de volta para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deve reavaliar o caso.
Na quarta-feira, o ministro havia autorizado a abertura de investigação com base na delação premiada feita pelo ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido), que citou Aécio Neves como pessoa próxima a Dimas Toledo, apontado como operador do esquema de corrupção em Furnas. Anteriormente, o senador mineiro já havia sido mencionado no esquema de Furnas em outra delação premiada, do doleiro Alberto Yousseff, mas na época Janot considerou insuficientes as informações do delator.
Janot justificou o novo pedido dizendo que existem elementos na delação de Delcídio que comprovam fatos narrados por Youssef. No pedido de investigação, o procurador dizia ainda que Aécio Neves é suspeito de possuir contas em um paraíso fiscal por meio de uma fundação que estava vinculada à mãe dele, Inês Maria Neves Faria. A defesa de Aécio sustenta que, além de não haver novidade, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, já havia arquivado a investigação sobre o caso. Os argumentos foram acolhidos nesta quinta por Gilmar. "A petição do parlamentar pode demonstrar que a retomada das investigações ocorreu sem que haja novas provas", escreveu o ministro em sua decisão.
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