Ataques a grupos jihadistas ao redor de Aleppo ameaçam trégua
Artilharia turca destrói posições do Estado Islâmico, e aviação do regime sírio bombardeia a Al Qaeda
Os habitantes da dividida Aleppo, a principal cidade do Norte da Síria castigada pela guerra, tentam retomar a normalidade graças à trégua estabelecida na quinta-feira passada e que foi prorrogada até a meia-noite de segunda-feira. As crianças voltaram à escola pela primeira vez em duas semanas no setor leste, sob controle dos rebeldes, depois de bombardeios que tiraram mais de 300 vidas, e os moradores aproveitam para comprar provisões, segundo informa um jornalista da agência France Presse na área.
Apesar da aparente calma que reina neste domingo, os ataques lançados contra grupos jihadistas excluídos da trégua em zonas limítrofes da cidade ameaçam fazer ir de novo pelos ares o cessar-fogo. A artilharia turca bombardeou bases de lançamento de mísseis do Estado Islâmico (EI) próximas ao Norte de Aleppo. O Estado Maior de Ancara afirma ter matado 55 milicianos jihadistas na operação em represália contra o lançamento de projéteis sobre a população turca da fronteiriça Kilis, onde morreram 21 civis este ano nesses ataques.
Os combates mais intensos são registrados ao Sul de Aleppo, ao redor da estratégica localidade de Jan Tuman, na única estrada de ligação com Damasco. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos contabiliza 119 mortes —62 nas tropas governamentais e 57 nas forças rebeldes— na região desde quinta-feira. O Exército do regime de Bashar al Assad tenta desalojar a Frente al Nusra (filial da Al Qaeda na Síria) de Jan Tuman com sucessivas ondas de bombardeios aéreos.
A Al Nusra luta nessa frente junto com grupos rebeldes salafistas integrados à plataforma da oposição internacionalmente reconhecida. O denominado Alto Comitê para as Negociações reúne os movimentos da oposição que participam das negociações de paz com o regime em Genebra, cuja terceira rodada não foi convocada ainda pela ONU, em razão da deterioração do cessar-fogo em Aleppo e outras províncias sírias.
Tanto o Exército leal a Damasco como seus aliados russos se amparam na exclusão da Al Qaeda e do EI do acordo de cessação de operações militares para manter a ofensiva contra suas posições. O principal líder da Al Qaeda, o egípcio Ayman al Zawahiri, conclamou a unidade dos grupos jihadistas na Síria por meio de uma gravação com sua voz difundida neste domingo e pediu a todos os muçulmanos do mundo que vão lutar a “guerra santa” no país árabe.
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