Janot abre caminho no STF para investigação de Dilma, Temer e Aécio
Procuradoria-geral da República encaminha ao Supremo petições feitas a partir da delacão de Delcídio
A Procuradoria-geral da República (PGR) deu um passo que pode culminar na abertura de investigação sobre a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer. O procurador-geral, Rodrigo Janot, encaminhou nos últimos dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) 20 petições formuladas a partir da delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). No acordo fechado pelo ex-líder do Governo com a PGR, também são citados o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de vários senadores.
O envio das petições é o passo anterior à abertura do inquérito, e foi utilizado no âmbito da Operação Lava Jato, por exemplo, após as delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, que deram origem à "famosa lista do Janot". Segundo reportagem do jornal O Globo, a tendência é de que Dilma, Temer e Aécio virem alvo de investigação junto com os outros 54 da lista, mas não existe um prazo para que isso ocorra.
De acordo com a delação de Delcídio, Dilma teria tentado interferir no avanço da Lava Jato. Entre outras coisas, a presidenta trabalhou, ainda segundo o relato do senador, para indicar o ministro Marcelo Navarro no Superior Tribunal de Justiça (STJ) após outras tentativas de liberar empreiteiros presos em Curitiba. No caso de Temer, o problema seria sua proximidade com operadores de desvios na Petrobras. Sobre Aécio, a suspeita é de receber pagamentos ilícitos de Furnas e atuar na CPI dos Correios para maquiar dados do Banco Rural, em trama ligada ao mensalão tucano.
O ex-presidente Lula também foi citado por Delcídio, entre outras acusações por ser "um grande sponsor [patrocinador] dos negócios do [banco] BTG". No caso de Lula, que ainda aguarda definição do STF sobre a validade de sua posse na Casa Civil, o Supremo deve enviar o inquérito, caso aberto, para a primeira instância. Quem decidirá o rumo desses casos é o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.
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