Avião cai na Rússia e deixa 62 mortos
Boeing 737 da FlyDubai tentava aterrissar em Rostov do Don em meio a ventos fortes
A queda de um avião Boeing 737 da companhia aérea de baixo custo FlyDubai matou 62 pessoas na madrugada deste sábado, quando a aeronave tentava pousar no aeroporto da cidade de Rostov do Don, no sul da Rússia. No momento do acidente, que ocorreu às 3h42 (horário local), ventava forte e as primeiras hipóteses sobre a causa da queda apontam para as condições meteorológicas (vento e pouca visibilidade), embora não tenha sido descartada a hipótese de um problema técnico ou falha do piloto que, aparentemente, voava pela primeira vez para aquele aeroporto. As autoridades descartaram rapidamente a hipótese de um atentado. A caixa-preta do avião foi localizada no local do desastre.
O avião havia decolado do aeroporto de Dubai às 22h38 (horário local), com meia hora de atraso, e deveria ter aterrissado por volta de 1h30 da manhã (horário de Moscou). No entanto, o mau tempo abortou a primeira tentativa de pouso e, durante cerca de duas horas, o avião sobrevoou a área para gastar combustível. Na segunda tentativa, o avião caiu a 253 metros da pista, onde explodiu e ficou completamente destruído.
De acordo com fontes dos serviços de controle de voo da Rússia, foi dada ao piloto do avião acidentado a opção de pousar no aeroporto da cidade de Volgogrado, em vista das condições meteorológicas no aeroporto de Rostov do Don . O piloto, disseram essas mesmas fontes, tomou a decisão de aterrissar em Rostov, onde havia fortes rajadas de vento, pouca visibilidade e gelo na pista. No entanto, o aeroporto estava aberto porque não havia os parâmetros necessários para o fechamento.
Essa é a segunda tragédia aérea envolvendo a Rússia em poucos meses
De acordo com a lista oficial divulgada pelo Ministério de Situações de Emergência da Rússia, viajavam na aeronave 55 passageiros, na maioria cidadãos russos que voltavam de férias, além de vários ucranianos, um cidadão uzbeque e outro indiano. Quatro dos mortos são crianças. Dois dos sete membros da tripulação eram espanhóis, segundo confirmação do Ministério de Situações de Emergência. De acordo com o consulado russo em Dubai, na tripulação havia também um cidadão da Rússia, um de Chipre e outro da Colômbia – provavelmente Laura Patricia de la Cruz, que aparece na lista de membros da tripulação de voo FZ981 divulgada pelo Ministério de Situações de Emergência.
Essa é a segunda tragédia aérea envolvendo a Rússia em poucos meses. Em novembro passado, um Airbus 321 da companhia russa Kogalymavia explodiu sobre a Península do Sinai devido a um artefato cuja colocação foi reivindicada por um grupo próximo ao Estado Islâmico. Morreram as 224 pessoas a bordo, muitas delas turistas que retornavam do balneário egípcio de Sharm el Sheikh para São Petersburgo.
O aeroporto de Rostov do Don foi fechado ao tráfego aéreo após o acidente, e os voos foram desviados para outros aeroportos próximos, como o de Krasnodar. O incidente aconteceu no segundo maior aeroporto civil da Rússia, responsável pelo espaço aéreo no norte do Cáucaso e por controlar todo o tráfego aéreo da região. Essas instalações de controle de voo foram modernizados pela empresa espanhola Indra, que está na vanguarda da produção de radares e sistemas de controle de voo, e que também modernizou o sistema de controle de voos de Moscou e Mineralnye Vody, também no norte do Cáucaso. O sistema de controle de Rostov do Don entrou em funcionamento em 2005 para atender as necessidades do aeroporto devido ao aumento do tráfego aéreo com os países do Oriente Médio e do Golfo Pérsico.
O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, expressou sua condolência às famílias das vítimas do voo FZ981.
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