Rússia e Egito duvidam que o avião que caiu no Sinai foi derrubado
Um grupo jihadista afirma ter atacado a aeronave, cuja queda vitimou as 224 pessoas
Egito e Rússia duvidam que o avião russo acidentado na península do Sinai foi derrubado como resultado de um atentado, apesar da reivindicação da queda por parte de um grupo jihadista próximo ao Estado Islâmico. De qualquer forma, até que se esclareçam as causas do desastre, Lufthansa e Air France-KLM decidiram não sobrevoar a zona, onde atuam grupos insurgentes.
Viajavam 224 pessoas no avião que caiu neste sábado na península egípcia do Sinai, informou o primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail.O Governo egípcio detalhou que dos 217 passageiros, 214 eram russos e três ucranianos; 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças, segundo a Reuters. O ministério egípcio da Aviação Civil relatou que aviões militares localizaram os restos da aeronave ao sul da localidade de Arish, para onde 45 ambulâncias se dirigiam. O avião, um Airbus A-321, está partido em dois. Fontes da segurança do Egito asseguram que não há sobreviventes.
Pela manhã, um membro da equipe de resgate disse ao jornal egípcio Al Masry Al Youm que ruídos humanos foram ouvidos em meio aos destroços, e que possivelmente haja sobreviventes. “A cena é terrível, os cadáveres estão queimados. Há cinco crianças [mortas], a maioria são mulheres”, acrescentou.
Embora um grupo egípcio afiliado ao Estado Islâmico tenha afirmado no Twitter ter sido o responsável pela derrubada da aeronave, não há indicações de que o avião tenha sido derrubado, informaram à Reuters fontes da segurança egípcia. O ministro russo de Transportes descartou também que se trata de um atentado, afirmando que o comunicado do grupo jihadista "não pode ser considerado preciso". O avião caiu em uma área montanhosa, e o mau tempo dificulta o acesso das equipes de resgates. Os cadáveres serão levados ao Cairo.
O Ministério de Aviação do Egito informou que o avião era operado pela companhia aérea russa Kogalymavia. Tinha partido às 5h51 (0h51 em Brasília) do balneário de Sharm el Sheikh, destino favorito dos turistas russos no Egito, com destino ao aeroporto Pulkovo, em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, onde deveria aterrissar pouco depois do meio-dia (hora local). O aparelho fazia um voo charter típico do final de temporada, com 200 passageiros adultos, 17 crianças e 7 tripulantes.
As autoridades egípcias relataram que o avião se deslocava a uma altitude de 31.000 pés (cerca de 9.500 metros) quando desapareceu das telas dos radares. Sergei Lzvolsky, da Rosaviatsia, órgão estatal de aviação civil da Rússia, acrescentou que o aparelho não fez contato com os controladores aéreos de Chipre, como estava previsto, “e desde então não apareceu mais nos radares”.
O comitê de investigação da Rússia abriu um inquérito por “violação das regras dos voos e sua preparação” com relação a este caso, segundo a RIA. O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou profundas condolências às famílias das vítimas, segundo informações do serviço de imprensa do Kremlin a agências de notícias locais. O primeiro-ministro egípcio formou um comitê de crise para administrar o acidente, segundo nota emitida por seu gabinete.
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